terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A força do perdão

O ressentido é refém dos acontecimentos, da história ferida...

         Ao tratarmos o tema do perdão dentro do dinamismo da vida cristã, precisamos reconhecer que não é fácil perdoar, porém, não é impossível, mas, extremamente necessário. Quando tomamos consciência da força destrutiva do ressentimento, das mágoas, dos rancores, enfim, de todos os maus sentimentos que norteiam os relacionamentos feridos e mal resolvidos, passamos a entender que tal resolução [perdão], tendo por referência essencial o amor de Deus e não a ferida, não é opcional para os que anseiam o céu, mas uma condição primordial de salvação.

         A Sagrada Escritura é composto de vários textos que tratam sobre a importância do perdão: “Pois, se perdoardes aos homens os seus delitos, também o vosso Pai celeste vos perdoará; más se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os vossos delitos” (Mt. 6, 14). Segundo o expressar desse texto bíblico, não perdoar significa perder o perdão de Deus, ou seja, apartar-se da Misericórdia Divina.

        Tendo em vista que perdoar significa não guardar mais o mal, quem não perdoa faz comunhão com as trevas, com o mal. E como somos chamados a viver em comunhão com a bondade, e o valor da nossa eleição está na contínua abertura ao amor, tocar nesses sentimentos mal resolvidos é uma necessidade da alma! Pois, a história da humanidade demostra claramente que a resposta da vida é fruto do que reina no coração. Diante de tal questionamento, respondamos: O que tem reinado no meu íntimo?

         O ressentido é refém dos acontecimentos, da história ferida, dos seus “vitimalismos” e razões altamente justificadas. O segredo da liberdade e da vida na graça de Deus é ver e rever a ferida no amor, no Amado de nossas almas, pois somente nessa perspectiva a cura do coração será total.

          Agir contrariamente a essa verdade significa pôr em jogo a própria salvação, porque o Reino dos céus é para os misericordiosos. É a ordem do amor que coloca a vida na dinâmica das bem-aventuranças: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7). Ou seja, uma operação concreta de perdão nos relacionamentos rompe definitivamente com as trevas dos maus sentimentos.

          No livro do Eclesiástico encontramos um forte exemplo de como devemos nos comprometer com a verdade salvífica do perdão: “Perdoa ao teu próximo o mal que te fez, e teus pecados serão perdoados quando o pedires. Um homem guarda rancor contra outro homem, e pede a Deus a sua cura! Não tem misericórdia para com o seu semelhante, e roga o perdão dos seus pecados! Ele, que é apenas carne, guarda rancor, e pede a Deus que lhe seja propício! Quem, então, lhe conseguirá o perdão de seus pecados? Lembra-te do teu fim, e põe termo às tuas inimizades...” (Eclo 28, 2-6).

          É muito cruel pensarmos que as inimizades não resolvidas nesta vida terrena nos levarão à eterna inimizade com Deus, isto é, ao inferno. Sofrer com tais sentimentos nesta vida e ainda por cima sofrer eternamente pela falta de decisão no amor e no perdão é muito entristecedor!

          A conversão pelas vias do perdão é o caminho da alegria, da vida de Deus, de um trilhar santificante, libertador e salvífico! Um interior saudável e revelador de eternidade é o resultado desse processo íntimo de conversão e reconciliação, na força do amor e do perdão. Contrariamente a esse processo, constatamos facilmente o fruto colhido na vida daqueles que não decidiram pela misericórdia, permitindo então o reinado dos maus sentimentos: desânimo, tristeza, amargura, frustração, angústia, negativismo, murmuração, revolta, raiva, ira, impulso autodestrutivo, vingança, egoísmo, autopiedade, entre outros. Por isso, olhemos para o nosso íntimo e tomemos a decisão que nos reconcilia com Deus e os irmãos, decidamo-nos pelo céu, pelo amor e pelo perdão! Sigamos o conselho do livro do Eclesiástico: “[...] Lembra-te do teu fim, e põe fim às tuas inimizades...” (Eclo 28, 6a).

Padre Eliano Luiz Gonçalves, sjs. (Fraternidade Jesus Salvador).

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Advento: Preparando-se para o Natal

          O tempo do Advento é uma preparação para a vinda do Senhor Jesus no Natal, tem uma duração de quatro semanas. Começa com as vésperas do domingo mais próximo ao 30 de novembro e termina antes das vésperas do Natal. Os domingos deste tempo se chamam 1º, 2º, 3º, e 4º do Advento. Os dias 16 a 24 de dezembro (Novena de Natal) tendem a preparar mais especificamente as festas do Natal.

Podemos distinguir dois períodos. No primeiro deles, que se estende desde o primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico e nos é orientado à espera da vinda gloriosa de Cristo.

As leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: sua vinda ao fim dos tempos, sua vinda agora, cada dia, e sua vinda há dois mil anos.

No segundo período, que abarca desde 17 até 24 de dezembro, inclusive, se orienta mais diretamente à preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. Os evangelhos destes dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus. Com a intenção de fazer sensível esta dupla preparação de espera, a liturgia suprime durante o Advento uma série de elementos festivos. Desta forma, na Missa já não rezamos o Glória. Se reduz a música com instrumentos, os enfeites festivos, as vestes são de cor roxa, o decorado da Igreja é mais sóbrio, etc. Todas estas coisas são uma maneira de expressar tangivelmente que, enquanto dura nosso peregrinar, nos falta alo para que nosso gozo seja completo. E quem espera, é porque lhe falta algo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, haverá chegado a Igreja à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal

 

        Temos quatro semanas nas quais de domingo a domingo vamos nos preparando para a vinda do Senhor. A primeira das semanas do Advento está centralizada na vinda do Senhor ao final dos tempos. A liturgia nos convida a estar em vela, mantendo uma especial atitude de conversão. A segunda semana nos convida, por meio do Batista a “preparar os caminhos do Senhor”; isso é, a manter uma atitude de permanente conversão. Jesus segue chamando-nos, pois a conversão é um caminho que se percorre durante toda a vida. A terceira semana preanuncia já a alegria messiânica, pois já está cada vez mais próximo o dia da vinda do Senhor. Finalmente, a quarta semana nos fala do advento do Filho de Deus ao mundo. Maria é figura central, e sua espera é modelo e estímulo da nossa espera.

Quanto às leituras das Missas dominicais, as primeiras leituras são tomadas de Isaías e dos demais profetas que anunciam a Reconciliação de Deus e, a vinda do Messías. Nos três primeiros domingos se recolhem as grandes esperanças de Israel e no quarto, as promessas mais diretas do nascimento de Deus. Os salmos responsoriais cantam a salvação de Deus que vem; são orações pedindo sua vinda e sua graça. As segundas leituras são textos de São Paulo ou das demais cartas apostólicas, que exortam a viver em espera da vinda do Senhor.

A cor dos parâmentos do altar e as vestes do sacerdote é o roxo, igual à da Quaresma, que simboliza austeridade e penitencia. São quatro os temas que se apresentam durante o Advento:

 

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          A vigilância na espera da vinda do Senhor. Durante esta primeira semana as leituras bíblicas e a prédica são um convite com as palavras do Evangelho: “Velem e estejam preparados, pois não sabem quando chegará o momento”. É importante que, como uma família, tenhamos um propósito que nos permita avançar no caminho ao Natal; por exemplo, revisando nossas relações familiares. Como resultado deveremos buscar o perdão de quem ofendemos e dá-lo a quem nos tem ofendido para começar o Advento vivendo em um ambiente de harmonia e amor familiar. Desde então, isto deverá ser extensivo também aos demais grupos de pessoas com as quais nos relacionamos diariamente, como o colégio, o trabalho, os vizinhos, etc. Esta semana, em família da mesma forma que em cada comunidade paroquial, acenderemos a primeira vela da Coroa do Advento, de cor roxa, como sinal de vigilância e desejo de conversão.

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        A conversão, nota predominante da predica de João Batista. Durante a segunda semana, a liturgia nos convida a refletir com a exortação do profeta João Batista: “Preparem o caminho, Jesus chega”. Qual poderia ser a melhor maneira de preparar esse caminho que busca a reconciliação com Deus? Na semana anterior nos reconciliamos com as pessoas que nos rodeiam; como seguinte passo, a Igreja nos convida a acudir ao Sacramento da Reconciliação (Confissão) que nos devolve a amizade com Deus que havíamos perdido pelo pecado. Acenderemos a segunda vela roxa da Coroa do Advento, como sinal do processo de conversão que estamos vivendo.

Durante esta semana poderíamos buscar nas diferentes igrejas mais próximas, os horários de confissões disponíveis, para quando cheguar o Natal, estejamos bem preparados interiormente, unindo-nos a Jesus e aos irmãos na Eucaristia.

III Domingoimage 

           O testemunho, que Maria, a Mãe do Senhor, vive, servindo e ajudando ao próximo. Na sexta-feira anterior a esse Domingo é a Festa da Virgem de Guadalupe, e precisamente a liturgia do Advento nos convida a recordar a figura de Maria, que se prepara para ser a Mãe de Jesus e que além disso está disposta a ajudar e a servir a todos os que necessitam. O evangelho nos relata a visita da Virgem à sua prima Isabel e nos convida a repetir como ela: “quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha a visitar-me?
Sabemos que Maria está sempre acompanhando os seus filhos na Igreja, pelo que nos dispomos a viver esta terceira semana do Advento, meditando sobre o papel que a Virgem Maria desempenhou. Propomos que fomentar a devoção à Maria, rezando o Terço em família. Acendemos como sinal de esperança gozosa a terceira vela, de cor rosa, da Coroa do Advento.

IV Domingo

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           O anúncio do nascimento de Jesus feito a José e a Maria. As leituras bíblicas e a prédica, dirigem seu olhar à disposição da Virgem Maria, diante do anúncio do nascimento do Filho dela e nos convidam a “aprender de Maria e aceitar a Cristo que é a Luz do Mundo”. Como já está tão próximo o Natal, nos reconciliamos com Deus e com nossos irmãos; agora nos resta somente esperar a grande festa. Como família devemos viver a harmonia, a fraternidade e a alegria que esta próxima celebração representa. Todos os preparativos para a festa deverão viver-se neste ambiente, com o firme propósito de aceitar a Jesus nos corações, as famílias e as comunidades. Acenderemos a quarta vela da Coroa do Advento, de cor roxa.

V Caminhada pela a Paz

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       Mais de 50 mil pessoas participaram da 5ª edição da Caminhada pela Paz em Juazeiro neste sábado (19 de novembro). Uma multidão lotou a Orla Nova da cidade a partir das 17h, quando começaram os preparativos para a Santa Missa presidida pelo padre Robson de Oliveira (Santuário do Divino Pai Eterno). Quem quis reservar um lugar logo na primeira fila chegou bem cedo, às 13h, e teve de suportar um sol à pino e um forte calor. Lágrimas nos olhos durante toda a celebração foram mais uma demonstração de fé do povo juazeirense. O evento foi aberto pelo bispo diocesano de Juazeiro, Dom José Geraldo.

       Após a celebração da Santa Missa, depois de uma pequena pausa, os milhares de fiéis, principalmente jovens e crianças, voltaram a se reunir na frente do palco para o show da banda católica DDD (Doidin de Deus). A dupla animou a multidão, interagiu com o público através de brincadeiras e levou todos à um grande louvor a Deus. Não faltou nem mesmo um apelo para que todos promovessem a paz e a luta contra as drogas. "Nós temos que nos embriagar é do Espírito Santo! Só Ele pode nos dar alegria verdadeira, e o melhor: sem ressaca!", disseram.

       Finalizado o show, os fiéis conduzidos pelos padres José Filipe, Severino (Zezé) e Paulo Roberto saíram em caminhada pela Orla, animados por um mini-trio e vários carros de som. No meio do percurso a multidão rezou pela paz e pelo fim do uso e do tráfico de drogas especialmente entre os jovens. Na Orla, mesmo quem não estava participando da Caminhada, foi contagiado pela alegria dos caminhantes. O evento foi encerrado com um show pirotécnico em frente à Catedral Nossa Senhora das Grotas, com a Bênção do Vigário Geral da Diocese, padre Josemar Mota.
Cerca de 60 caravanas de fora vieram para Juazeiro participar do evento. A maioria delas composta por pessoas de cidades da Diocese: Casa Nova, Uauá, Sobradinho, Pilão Arcado, entre outras. Muitas pessoas de outras cidades como Petrolina e Miguel Calmon também marcaram presença na Caminhada.

Fonte: Diocese de Juazeiro-Ba

Onde está o teu Deus?

Jesus é a testemunha por excelência do Pai! Se quisermos conhecer o Pai devemos olhar para Jesus: “rosto divino do homem, rosto humano de Deus” (João Paulo II). Encontraremos em Sua vida despojada, em Sua entrega incondicional e em Seu testemunho de pobreza as marcas do amor de Deus! Não há divisão entre o Pai e Jesus: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30). Pelo contrário, o que há é uma unidade absoluta: “Aquele que me vê, vê aquele que me enviou” (Jo 12,45). Onde não há malfeitos nasce o testemunho!

Jesus tinha como reflexo de Si uma existência voltada exclusivamente para o Pai. Seu alimento era cumprir a vontade Daquele que o havia enviado. Chega-se a conclusão de que a vida de Cristo só tinha sentido no Pai, numa total dedicação àquilo que a fé lhe solicitava no coração.

A percepção de uma vida radicada no coração de Deus nos faz pensar sobre a realidade atual, tão carente de ícones significantes. Vivemos em uma sociedade enfastiada. Realmente cansada de tantas palavras e pouquíssimos testemunhos. Vemos somente pequenos lampejos aqui e ali. Todos os dias somos bombardeados por informações de que aqueles que deveriam dar o exemplo foram pegos na propina, na corrupção, nos escândalos e até mesmo no desvio de verbas públicas. Usurparam seus cargos e mancharam suas biografias. Em alguns ambientes parece que a lei vigorar é a da carreira jogada na lama e não a da reputação ilibada.

A triste situação não é só política, mas também nas escolas e no coração das famílias. Pais e mães alcoolizados, homens agressores de mulheres, filhos sem referenciais, perda constante de valores. Até na religião é possível encontrar o contratestemunho. Nos últimos anos temos visto fatos do passado vindo à tona por parte daqueles que sucumbiram à pedofilia. Estes trocaram o coração do Evangelho por uma perversão sexual. O Santo Padre e os bispos, em união com ele, têm se esforçado ao máximo para que os pedófilos doentes sejam afastados do ministério sacerdotal e tratados pela psiquiatria. O empenho também é o mesmo para que os demais pervertidos sejam punidos pela Justiça e paguem pelo crime desumano que cometeram contra os indefesos. Em tudo a misericórdia, mas diante do crime só cabe a justiça.

Em um cenário com tantos maus exemplos a fé parece ficar desacreditada. Às vezes, nas pequenas comunidades, que se reúnem para rezar todas as semanas, aqueles que deveriam amar, não amam, pelo contrário, vivem falando mal uns dos outros; aqueles que têm a missão de esclarecer, não elucidam, só complicam a cabeça das pessoas; aqueles que deveriam ajudar não ajudam, pois são manipulados pelo egoísmo e se esqueceram de palavras como: solidariedade, partilha e serviço desinteressado. “Deixaram de lado o Evangelho segundo Jesus Cristo e começaram a ler o evangelho segundo eu” (Alessandro Manenti).

Se não estou muito enganado há a impressão de que alguns parecem brincar com a própria fé, ao não encará-la com a seriedade merecida. O primeiro critério de quem tem fé é a busca insistente pela verdade, acima de toda e qualquer hipocrisia. O ser verdadeiro é contrário à mentira e ao fingimento. Não era São Leão Magno que dizia: “Ó cristão, toma consciência da tua dignidade”?

É o testemunho de vida quem nos dignifica como filhos do Pai e irmãos de Jesus. ‘Ser cristão’ não é um título honorífico nem uma medalha comemorativa, mas uma graça concedida pelo Espírito Santo. Ele nos ensina a continuar o Evangelho no mundo. Ele abre o nosso coração para que permitamos a existência de Jesus em nossas atitudes. Ele nos ensina a ser para as pessoas a face do Amor.

A esperança continua a clamar por um testemunho sério e coeso. Um testemunho que compreenda a fé como dom e não como uma obrigação. Basta de tanta incoerência. Muito mais que ‘ouvir falar de Deus’, as pessoas querem ‘ver Deus’ em nossas atitudes. Que o nosso comportamento fale de nossa fé.

Portanto, cabe a cada um de nós dar testemunho do Deus que acreditamos. Que olhando para nós as pessoas possam conhecer o rosto amoroso do Pai. Estamos no mundo para fazer a diferença e não para viver na mesmice do pecado. Na verdade, falamos muito do pecado e nos esquecemos do que a graça de Deus pode fazer em nós. Não fiquemos detidos nos erros, olhemos também para os acertos e apostemos que podemos ser melhores: mais santos e mais coerentes em Deus. Ele acredita em nós. Deposita Sua confiança em nosso coração! Só depende de nós a mudança interior! Que ao nos perguntarem: “Onde está o teu Deus?” Possamos responder: “Ele está em nosso testemunho!”.

Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Novena pela a Paz

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Começa nesta quinta-feira (10) em Juazeiro a Novena pela Paz. As nove noites de oração em preparação à 5ª Caminhada pela Paz vão trazer reflexões sobre como as famílias podem combater as drogas. A primeira celebração será na paróquia Santa Teresinha, no bairro Piranga, com início às 19h30. Os meios de comunicação são os convidados de honra desta noite.

Para tratar sobre o enfrentamento das drogas na família, as Missas contarão com a presença da Polícia Militar. “Militares especializados no tema estarão conosco a cada noite, ajudando pais e mães a descobrir caminhos de diálogo com os filhos sobre drogas e violência. Haverá palestras sobre o assunto”, informou padre José Filipe, coordenador da novena e da Caminhada pela Paz.

A novena segue até o dia 18 de novembro, sempre no mesmo horário. “Passaremos pelos principais bairros de Juazeiro e também pelo distrito de Carnaíba do Sertão. É a primeira vez que a novena vai ao interior da cidade... Nossa convocação é para que todo juazeirense possa se comprometer no combate às drogas e participe da 5ª Caminhada pela Paz, no dia 19”. 
A 5ª Caminhada pela Paz, com o tema “Paz sim, drogas e violência não!”, terá a presença do padre cantor Robson de Oliveira, do Santuário Pai Eterno. O evento começará às 17h da Orla Nova, com Missa transmitida para todo o Brasil pela Rede Vida de televisão. Logo após, o público sairá em caminhada, finalizando com show da banda católica de humor Doidin de Deus – DDD.
Programação da Novena (sempre às 19h30):

10/11 - Paróquia Santa Teresinha (Piranga)
11/11 - Paróquia Cosminho (Alagadiço) – com doação de sangue das 8h às 14h
12/11 - Comunidade Santa Luzia (Lomanto Junior)
13/11 - Paróquia N.S. Aparecida (João Paulo II)
14/11 - Comunidade Santa Teresinha (Carnaíba)
15/11 - Paróquia Santo Antônio
16/11 - Comunidade São Paulo Apóstolo (Jardim São Paulo)
17/11 - Comunidade São Pedro ( Novo Encontro)
18/11 - Catedral de Juazeiro
19/11 – 5ª CAMINHADA PELA PAZ (Orla Nova), às 17h

Vem ai a FEIRA DA AMIZADE !!!

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        Acontece nos dias 11, 12 e 13 de novembro de 2011, na Orla Nova de Juazeiro, a 11ª Feira da Amizade. Dia 11 (sexta) apartir das 19:00hs, dias 12 e 13 (sábado e Domingo) apartir das 11:00hs.

       A Feira da Amizade é organizada pela Paróquia Nossa Senhora das Grotas, juntamente com a Pastoral     Famíliar de Juazeiro, e de acordo com a coordenadora do evento Geyne Melo, tem como objetivo arrecadar fundos para a conclusão da reforma (pintura externa e iluminação) da Catedral da cidade. Além de ser um momento de reencontro, de fortalecimento da união das famílias, e de renovação da caminhada da Igreja.

      A Feira conta com a colaboração de voluntários e proporciona aos visitantes,   Barracas de Comidas Tipícas (Italiana, Portuguesa, Baiana e  regional), doces e salgados, área de lazer e shows musicais. Entre os artistas que vão se apresentar nos três dias da feira estão: Alan Kléber, Sérgio do Forró e Banda Mirage. A entrada custa R$ 2,00. Participe !!! 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

I Simpósio da Família

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A Pastoral Familiar de Juazeiro está preparando o I Simpósio da Família, com o tema "Família, Pessoa e Sociedade", que acontecerá no dia 29 de outubro. O encontro começa a partir das 13h e acontece no Auditório do Colégio Paulo VI em Juazeiro. Os participantes assistirão a palestras sobre a "Família e a construção de uma sociedade nova" e "O papel da família na defesa do meio ambiente". Haverá momentos de perguntas e debate. O encontro é aberto a todos que queiram participar.

domingo, 23 de outubro de 2011

V CAMINHADA PELA A PAZ

 

Evento deve reunir 50 mil pessoas na Orla Nova

       A cidade de Juazeiro (BA) promove no dia 19 de novembro, a partir das 17h30, a 5ª Caminhada pela Paz, com o lema “Paz sim! Droga e violência não!”. O ponto alto do encontro, que é organizado pela Diocese de Juazeiro, será a recepção à Imagem Peregrina do Divino Pai Eterno, conduzida pelo Padre Robson de Oliveira, reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO). A festividade, que irá tomar a Orla Nova da cidade, também vai comemorar o Jubileu da Diocese de Juazeiro, que completa 50 anos em 2012. 

       O evento será aberto às 17h, com um momento de louvor que promete animar os presentes. A seguir, o Padre Robson de Oliveira levará a Imagem Peregrina aos fiéis e celebrará uma missa campal, que será transmitida ao vivo pela Rede Vida de Televisão para todo o país. Quem for à Caminhada da Paz irá conferir ainda o show da dupla católica pernambucana DDD – Doidin de Deus – que evangeliza por meio do humor.

       Segundo o coordenador da Caminhada pela Paz, Padre José Filipe Pulpayil, cerca de 50 mil pessoas vindas de todo o Estado devem participar da celebração. “Receberemos caravanas de diversas cidades baianas, como Petrolina, Floresta, Salgueiro e Bonfim. Juntos, caminharemos ao redor da Catedral de Juazeiro e rezaremos 50 mil Ave Marias, como forma de homenagear os 50 anos da Diocese de Juazeiro”, antecipa.

        Conheça mais o Pe. Robson:
Padre Robson de Oliveira Pereira, membro da Congregação dos Missionários Redentoristas (o mesmo grupo que atua no Santuário de Aparecida-SP), é reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno desde dezembro de 2003. Nasceu em Trindade, Goiás, em 26 de abril de 1974. Entrou para o Seminário aos 14 anos de idade, tornando-se sacerdote aos 24 anos. Após exercer trabalhos na Pastoral de Vocações e na formação de jovens para a vida religiosa no Seminário, foi para a Irlanda e em seguida para Roma, onde fez mestrado em Teologia Moral pela Universidade do Vaticano. 
Ao voltar de Roma, sentiu necessidade de ampliar a difusão da devoção ao Divino Pai Eterno e, para isso, buscou espaços na televisão. A conquista no âmbito regional veio com a TV Brasil Central, afiliada da TV Cultura em Goiás, que transmite as missas semanais realizadas no Santuário Basílica. Em nível nacional, as novenas "Filhos do Pai Eterno" e “Nossa Senhora do Perpétuo Socorro” são exibidas pela Rede Vida. 
Com pregações e preces sobre temas que atingem o cerne da vida humana, o padre e sua equipe conquistaram o carinho de pessoas de todo o Brasil. Amado por muitos católicos, Pe. Robson, que também é bem quisto pelos evangélicos, recebe milhares de testemunhos de conversões e graças alcançadas vindas de todo o Brasil e também do exterior.

História da Devoção
A devoção ao Divino Pai Eterno em Trindade-GO completa 171 anos, comemoração que motivou esta e outras visitas em todo o Brasil. A história narra que, por volta de 1840, o casal Constantino e Ana Rosa Xavier encontrou, enquanto trabalhava na lavoura, um medalhão de barro de aproximadamente 8 cm com a estampa da Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora. Beijaram a imagem, levaram-na para casa e a notícia rapidamente se espalhou, juntamente com uma sucessão de milagres.

Evento: Caminhada pela Paz com presença da Imagem Peregrina do Pai Eterno

Data: 19 de novembro Horário: 17h30

Local: Orla Nova

Contato em Juazeiro-BA:

Pe. José Filipe Pulpayil (74) 3611-8639

Fonte: Diocese de Juazeiro-Ba

A FAMÍLIA

A Família não nasce pronta; constrói-se aos poucos, e é o melhor laboratório do amor. Em casa, entre pais e filhos, pode-se aprender a amar, pode-se experimentar com profundidade a grande aventura de amar sem medo. A família pode ser o ambiente mais apropriado para uma maravilhosa experiência de amor”.
À Família é o nosso fundamento, a base do nosso futuro, mas é reconhecido que a família unidade base da sociedade, enfrenta, desde algum tempo, problemas complexos, que têm afetado a sua estrutura, tais problemas ou desajuste familiar ocorre por motivos mais diversos tais como: o desrespeito de cada uma das pessoas em relação a outra, inclusive no que tange a privacidade; à ausência do diálogo; a desmotivação da vida à dois e a FALTA DE AMOR, este último tem contribuído, em larga escala, para a dissolução da estrutura familiar.
Ao modificar o entendimento dessa palavra divina chamada AMOR, que está acima da compreensão das últimas gerações dominadas, inteiramente, pelos sentidos materialistas, gerações que se distanciam das coisas do espírito, de onde nascem a amizade, a ternura, o afeto, e que engrossa, em seu processo de tornar-se puro, o amor pleno, aquele que é engrandecido pelo sentimento, e não pelo instinto. Se dentro do seio familiar, aplicarmos o nosso mais valioso curso de renunciação e fraternidade e, quando praticarmos o ensinamento do amor puro, com quem convive conosco e nos partilha a mesa através do calor do mesmo sangue, então estaremos inteiramente habilitados para seguir com Jesus no apostolado do bem à humanidade inteira, pois toda família se beneficia de um ambiente agradável e cheio de amor.
Não podemos esquecer que a educação dada pela família, através dos padrões de ética, de moral e de religiosidade é fundamental para sua formação moral, pois uma criança que cresce num ambiente familiar onde se respira o amor, aprende a amar com toda a naturalidade do mundo. Um jovem, que vê nos pais um exemplo a ser seguido, encontra outras pessoas e, naturalmente, dá um bonito testemunho de amor, assim quem aprende a respeitar o semelhante, NÃO MATA, NÃO ESTUPRA e nem comete VIOLÊNCIA CONTRA O PRÓXIMO. Temos que deixar claro, que a falta da educação familiar entre outros males, tem gerado a falta de respeito ao próximo e a própria vida e como conseqüência, a qualidade de vida da sociedade tem descido às raias do absurdo de assistirmos a violência gratuita tirando as vidas dos jovens. Será através da organização familiar que a sociedade conterá os vícios das drogas, a maternidade antecipada e o avanço da criminalidade, só assim os valores da instituição familiar, através das quais será possível resgatar a estabilidade da união, a paternidade responsável e a paz social, pois a FAMÍLIA É A ESPERANÇA DA HUMANIDADE, e, todos aqueles que a valorizarem terão mais condições de serem felizes na vida. Isto porque, sem a estrutura familiar reorganizada, não se conseguirá melhorar a qualidade de vida das pessoas, nem diminuir essa criminalidade que tanto nos assusta.

Mazenildo Feliciano Pereira

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Projeto Sabão Jubileu vira mini-indústria

 

          Foi assinado hoje, 14, na agencia do Banco do Brasil (BB) em Juazeiro o contrato que firma a parceria entre a Fundação BB e o Projeto Grupo de Apoio Social e Humanitário (GASH), ligado à Diocese de Juazeiro, para a criação de uma mini-indústria de sabão à base de óleo de cozinha usado. A iniciativa visa proteger o meio ambiente e consolida um projeto que vem sendo levado a cabo há cinco meses por voluntários do Movimento dos Vicentinos e paróquia do Cosminho, que representa o GASH.

         A assinatura do contrato teve a presença da representante da Fundação BB, Carmem dos Santos, do gerente da agência do BB de Juazeiro e do presidente do GASH, padre José Filipe Pulpahyil. “Cada litro de óleo que jogamos no esgoto ou na pia da cozinha contamina um milhão de litros de água. Por isso, nesse ano em que a Campanha da Fraternidade nos pedia ações de proteção ao meio ambiente, decidimos iniciar esse projeto. Surgiu então a ideia do Sabão Jubileu”, explicou o padre.
        

        Atualmente os voluntários do projeto trabalham de forma artesanal no quintal da paróquia do Cosminho, no Bairro Alagadiço, produzindo cerca de 400 litros de sabão por mês. Para isso eles recolhem em média 200 litros de óleo na vizinhança, evitando que o líquido seja despejado no Rio São Francisco. Além de promover a consciência ecológica, o projeto também viabiliza a aprendizagem de uma atividade que pode possibilitar renda extra para famílias carentes.


           Com a assinatura do contrato, a Fundação Banco do Brasil irá doar máquinas para fabricação, corte e embalagem do sabão e também um carro para recolher óleo na cidade. A produção do sabão, que era feita de forma manual, passará a ter características de uma mini-fábrica. “Teremos capacidade de produzir oito toneladas de sabão por mês, reaproveitando quatro mil litros de óleo usado. Mas para isso precisaremos também do apoio da população, nos ajudando com doações de óleo”, informou padre José Filipe.
 

           Os voluntários produzem atualmente sabão em pedra e líquido, que são vendidos a preços simbólicos. A barra do sabão em massa custa R$ 1,00, e meio litro do sabão líquido custa R$ 0,50. O nome Sabão Jubileu foi escolhido para homenagear os 50 anos da Diocese de Juazeiro. Quem quiser contribuir com o trabalho de preservação ao meio ambiente doando óleo de cozinha usado pode entrar em contato com a paróquia através do telefone (74) 3611-8639.

Fonte: CNBB

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Amizade Amadurecida

              Uma das características da infância é a incapacidade de dividir coisas. Uma criança não pode dividir porque não se possui, porque ainda não sabe o que ela é. Você começa a identificar a maturidade a partir do momento em que uma criança consegue perceber as regras de um joguinho.

              A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado.

             Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento em que começa a brincar. A maturidade acontece quando tomamos posse do que nós somos, para aí então podermos nos dividir com os outros. Isso faz parte desse processo de amadurecimento.

            Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela. Quantas pessoas, já adultas, ainda pensam assim, trata-se da incapacidade de amar devido à falta de maturidade.

            Todos os encontros de Jesus Cristo levam à implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantá-lo quem é adulto e já entende que só se começa a amar a partir do momento em que eu não quero mudar quem eu amo.

           Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado é porque nos reconhecemos naquela pessoa. Jesus não tinha o que temer porque era puramente bom, por isso contagiava os que estavam ao lado d’Ele.

            Na maturidade de Jesus você encontra a capacidade imensa de amar o outro como ele é. Amar significa amar o outro como ele é. Por isso quando falamos em amar os outros podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento com relação à nossa maturidade.

           A santidade começa na autenticidade, por essa razão Cristo nos pede que sejamos como as crianças, que são verdadeiras e simples. É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para nós mesmos.

          Você tem condições para perceber a sua maturidade. É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. Você não precisa que ninguém o observe, pois você já viu aquilo como um valor.

          Pessoas imaturas sofrem dobrado. Pessoas imaturas querem modificar os fatos; ao passo que pessoas maduras deixam que os fatos as modifiquem. A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta. O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou.

          Muitas vezes, os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não as trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabemos que esses defeitos não serão espelhos para nós; mas seremos instrumentos de Deus para que os superem.

           Padre só pode ser padre a partir do momento em que é apaixonado pelos calvários da humanidade. Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se.

           Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer dele uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança!

           O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja.

           Amar alguém é viver o exercício constante de não querer fazer do outro o que nós gostaríamos que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é, acima de tudo, a experiência do respeito.

            Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e, por isso, você o ama tanto. Na hora em que forem embora as suas utilidades você saberá o quanto é amado.

           Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz. O convite da vida cristã é este: que você possa ser mais do que você faz!

Por: Padre Fábio de Melo

Fonte: Canção Nova

domingo, 4 de setembro de 2011

Ninguém pode ser feliz se não for amado

Teste namoro

 

        O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje, com toda clareza, que as graves perversões morais têm quase sempre como causa principal uma "frustração amorosa".

       Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, 'desnutridos' de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado, se não fizer uma experiência de amor. Se isso é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isso é verdade. E esse "amor conjugal" começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá-lo a ser ainda melhor, com a sua ajuda.

        Muitas vezes, você quis e procurou uma namorada perfeita, ou um rapaz ideal, mas saiba que isso não existe. A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. Só assim você poderá ajudá-lo a crescer, amando-o como ele é. Alguém já disse que o amor é mais forte do que a morte e capaz de remover montanhas.

        O amor tem uma força misteriosa; quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, "ressuscita-o". É com a chama de uma vela que você acende outra. Da mesma forma é com a doação da sua vida que você faz a vida do outro reviver. Desde o namoro você precisa saber que "amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido". É claro que um casal se aproxima pelo coração, mas cresce pelo amor, que transcende os sentimentos e se enraíza na razão.
Todo relacionamento humano só terá sentido se implicar no crescimento dos envolvidos. De modo especial no namoro e no casamento isso é fundamental. A ordem de Deus ao casal é esta: "crescei". Deus não nos dá uma "ajuda adequada" (cf. Gên 2, 18) para "curtirmos a vida" a dois; mas para crescermos a dois. Isso vale desde o namoro. E o que faz crescer é o "fermento" do amor.

         São Paulo expressou as exigências do verdadeiro amor melhor do que ninguém: "O amor é paciente, O amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, Não se irrita, Não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, Mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa. Tudo crê, Tudo espera, Tudo suporta. O amor jamais acabará" (I Cor 13, 4-7).
Medite um pouco sobre cada linha deste hino do amor e pergunte a si mesmo se você está vivendo isso no seu namoro.
Desde o namoro é preciso ter em mente que a beleza do amor está exatamente na construção da pessoa amada. É uma missão para gente madura, com grandeza de alma. Construir uma pessoa é educá-la em todos os aspectos, e isso é uma obra do coração.
O amor tudo suporta, tudo crê, tudo espera; o amor não passa jamais.

Felipe Aquino

Familia – um plano de Deus

image           “Por esta causa dobro os joelhos em presença do Pai, ao qual deve sua existência toda família no céu e na terra.” (Ef 3,14-15.)


         Todos nós sabemos pela Sagrada Escritura que Deus é amor. Essa é a essência de Deus, a natureza de Deus. Ele é a fonte do autêntico amor. Todo gesto, toda ação de Deus em relação ao homem é manifestação de amor, mesmo que sua intenção seja corrigi-lo. O desejo de Deus é que todo homem seja feliz, se não o somos é porque muitas vezes não compreendemos ou se quer aceitamos este amor, e até nos rebelamos contra ele.
      Ninguém conhece tão bem o coração do homem em suas necessidades, seus anseios, seus temores e suas expectativas como Aquele que o criou à sua imagem e semelhança.
      Quando Deus criou o homem, viu que não era bom que ele estivesse só, por isso deu-lhe uma ajuda que lhe fosse adequada (Gen 2,18) e a esta ajuda deu-se o nome de mulher, que, uma vez tirada do homem novamente se une a ele formando ambos não mais que uma só carne (Gen 2,24).
     Assim nasce a família, em uma união de amor, onde homem e mulher são chamados a frutificar e multiplicar este amor e a se tornarem co-participantes na criação, gerando novas vidas, como expressão e sinal de amor para a glória de Deus.
     A Bíblia nos diz: “vede, os filhos são um Dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas”. Entretanto, em nossos dias, quando se fala em filhos, a primeira reação, quase instantânea, é dizer: “é muito difícil”, “dá muito trabalho”, “é muita despesa”. Nem sequer percebemos muitas vezes nossa atitude de egoísmo e nossa demonstração de incredulidade diante da promessa de Deus. Você já imaginou seus pais dizendo: “você é uma despesa, nos dá muito trabalho?” Você já pensou em qual dos seus irmãos poderia não ter nascido para que seus pais tivessem tido menos trabalho?
     Para termos uma idéia, a Europa já está se tornando um continente de idosos, as famílias não querem ter filhos, quando muito um filho, no máximo dois. Os filhos são substituídos por cachorros e outros animaizinhos. A cada geração de 25/30 anos, a população em países europeus diminui. Os casais que hoje não querem ter filhos serão certamente futuros idosos solitários. O homem comete um grande erro quando não cumpre o propósito de Deus para a criação, especialmente em se tratando de família. O enfraquecimento da família é o enfraquecimento do homem e conseqüentemente da sociedade.
     A família tem sido o principal alvo do ataque do maligno, que tem usado a televisão, a moda, o movimento da Nova Era para enfraquecê-la e até destruí-la, pois sabe que a mesma é o nascedouro da vida e a base para o desenvolvimento da pessoa humana.
O mundo tem tentado moldar as consciências com mentiras, criando modismos e tendências, fazendo homens e mulheres, jovens e adolescentes, e agora até crianças, aceitarem naturalmente a fornicação o adultério, o homossexualismo, a “produção” independente “de bebês”, a união informal; todas as formas de sexo livre.
     O Papa João Paulo II já dizia no seu discurso aos Bispos do Brasil sobre a família, não faltam intentos, na opinião pública e na legislação civil, para equiparar a família a meras uniões de fato ou para reconhecer como tal a união de pessoas do mesmo sexo. Estas e outras anomalias têm debilitado a verdadeira natureza da família.
      Tais coisas, diz-nos o Apóstolo Paulo na carta aos Efésios, devem ser condenadas abertamente, pois é vergonhoso até falar delas.
Não podemos perder a visão cristã da família, ela é a escola do amor.
     A família é a célula originária da sociedade, e também uma Igreja doméstica. Nela as crianças e jovens amadurecem humanamente e também na fé cristã, na medida em que a família os forma “para os valores cristãos da honestidade e da fidelidade, do amor ao trabalho e da confiança na divina Providência, da hospitalidade e da solidariedade”.
     O matrimônio e a vida familiar bem vivido são caminhos de felicidade real, de santificação e salvação. Contudo, isso só é possível se a família for constituída e vivida em Jesus Cristo.
      A família é um plano de Deus e nele deve ser edificada, pois já dizia o salmista, “se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a constroem” (Sl 126,1).
     Quando a família falha gera traumas e feridas nos que a constituem. Trabalhei com jovens durante quatro anos, e pude perceber em diversas situações as marcas e as feridas que traziam consigo por verem suas famílias fracassando.
     O lar deve ser um lugar de tranqüilidade, de descanso, de harmonia e de profunda paz, onde se desenvolve a integração, o companheirismo, a cooperação entre os cônjuges e entre todos os membros da família. É no lar que os filhos são educados e os pais realizam o papel de autênticos discipuladores, sendo eles mesmos exemplos para seus filhos, como pais convertidos.
     “Quem se descuida dos seus e principalmente dos de sua própria família é um renegado, pior que um infiel.” (ITim 5,8)
Deus abençoe a sua família!!!
Gustavo Vieira - Site do pregador

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Setembro – Mês da Biblia

“Tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho!” (Salmo 119,105)

Bíblia Sagrada

           Setembro é o mês da Bíblia. Este mês foi escolhido pela Igreja porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu no ano de 340 e faleceu em 420 dC). São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja.

           A Bíblia é hoje o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e que está em quase todas as casas. Serve de “alimento espiritual” para a Igreja e para as pessoas e ajuda o povo de Deus na sua caminhada em busca de construir um mundo melhor.

         “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça ” (2Tm 3,16). A Bíblia foi escrita por pessoas chamadas e escolhidas por Deus e que foram inspiradas através do Espírito Santo. Ela revela o projeto de Deus para o mundo; serve para que todos possamos crescer na fé e levar uma vida de acordo com o projeto de Deus. Por isso, ela é a grande “Carta de Amor” de Deus à Humanidade.

         A Palavra de Deus nos revela o rosto de Deus e seu mistério. Ela é a história do Deus que caminhou com seu povo e do povo que caminhou com seu Deus. A Bíblia tem uma longa história, desde nossos pais e mães da fé (Abraão e Sara, Isaac e Rebeca, Jacó Lia e Raquel) passando por Moisés, pelos Profetas, até a vinda do Messias, e por fim a morte do último dos Doze Apóstolos quando foi escrito o último livro da Bíblia (o Apocalipse, escrito no final do I século). A Palavra de Deus demorou em torno de dois mil anos para ser escrita. Muitas pessoas fizeram parte desta história: homens, mulheres, crianças, jovens, anciãos... Por isso, podemos dizer que a Bíblia é um livro feito em mutirão.

        Passaram-se os tempos, os anos, mudaram muitas coisas, impérios cresceram e caíram, tantas idéias foram superadas, mas a Palavra de Deus continua “viva e eficaz” (Hb 4,12), pois “ela permanece para sempre” (1Pd 1,25). Embora o mundo busca outros caminhos, sempre existiram pessoas e comunidades que foram fiéis, que buscaram nas Palavras Sagradas a fonte para sua inspiração, para continuar vivendo e realizando o projeto de Deus.

        Mais do que história, a Bíblia é portadora de uma mensagem. Ela é capaz de denunciar e anunciar. Ela denuncia as injustiças, os pecados, as situações desumanas, de pobreza, exploração e exclusão em que vivem tantos irmãos nossos. Foi isso que fizeram os Profetas e também Jesus Cristo em algumas ocasiões, pois toda situação de injustiça e pecado é contrária ao projeto de Deus. Mas a Bíblia é, sobretudo, um livro de anúncio. Ela proclama a boa notícia vinda de Deus: Ele nos ama e nos quer bem! Ele é o Deus que caminha conosco, que está ao nosso lado e nos dá força e coragem! Foi Deus que enviou ao mundo seu Filho Jesus Cristo. Ele veio nos trazer a Boa Notícia do Reino; veio nos trazer a Salvação, o perdão dos pecados. É através da fé em Jesus Cristo que nos tornamos filhos de Deus.

         Na Bíblia encontramos textos para as diversas situações da vida. Ela ajuda a fortalecer a nossa fé; é útil na nossa formação, nos momentos de crises e dificuldades, na dor, na doença ou na alegria… Para todas as realidades encontramos textos apropriados.

         Todos podemos e devemos ler, estudar e conhecer a Palavra de Deus. É certo que na Bíblia encontramos alguns textos difíceis. A Bíblia mesmo diz isso (veja 2Pd 3,16¸ At 8,30-31; Dn 9,2; etc). Certas passagens foram escritas dentro de uma realidade diferente da nossa. Precisam ser interpretadas e atualizadas. Por isso, quando não entendemos um texto, é melhor passar adiante, buscar outra passagem. O Pe. Zezinho nos ensina cantando: “Dai-me a palavra certa, na hora certa, do jeito certo e pra pessoa certa”. É recomendável fazer um curso, uma Escola Bíblica ou estudar em grupos. Tudo isso ajuda a entender melhor a Bíblia.

         Na verdade, todo mês devia ser Mês da Bíblia; todo dia devia ser Dia da Bíblia. Por isso, a Bíblia não pode ser apenas um ornamento em nossa casa. A Palavra de Deus deve ser o nosso alimento de cada dia e buscar nela o sustento para a nossa vida.

         Termino lembrando um texto bonito de São Paulo: “Tudo o que se escreveu no passado foi para o nosso ensinamento que foi escrito, afim de que, pela perseverança e consolação, que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15,4). Que neste mês da Bíblia, a Palavra que vem da boca de Deus nos anime, dê força e coragem e com isso sejamos cristãos da Esperança!

Alguns conselhos práticos para quem quer ler, conhecer e viver segundo a Bíblia:

  • 1) Pedir sempre ajuda ao Espírito Santo, isto é, iniciar sempre com uma oração;
  • 2) Começar pelos livros e textos mais fáceis, ou seja, os Evangelhos, Atos dos Apóstolos…;
  • 3) Ler e meditar um texto por dia (não é a quantidade que importa, mas a qualidade);
  • 4) Procurar descobrir o contexto em que o texto foi escrito, ou seja: por que e para quem o texto foi escrito;
  • 5) Anotar na sua Bíblia os textos que mais chamam a atenção;
  • 6) Quando encontrar textos difíceis, passar adiante, deixar estes textos para quando participar de um curso ou quando encontrar pessoas que podem ajudar a explicar;
  • 7) Atualizar o texto para hoje: colocá-lo em prática na vida. Celebrar e rezar a Bíblia e a vida. Viver a Palavra!

Fonte: Portal cot

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

XIII Congresso Nacional da Pastoral Familiar e os desafios da atualidade

        O Congresso Nacional é um momento de grande importância que acontece a cada três anos e abre espaço para a renovação da caminhada dos agentes de pastoral de todo o Brasil. Esta 13ª edição começou na noite da sexta-feira, 19/ago, e teve como tema “Família, pessoa e sociedade” e como lema “Somos cidadãos e membros da família de Deus” (Cf. Ef 2,19). Às 19h foi montada a mesa solene para a abertura dos trabalhos, composta por dom João Carlos Petrini, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB e bispo da Diocese de Camaçari (BA); dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo da Arquidiocese de Belo Horizonte, anfitriã do evento; dom Joaquim Justino Carreira, conselheiro da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB e bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo; dom Tarcísio Nascentes dos Santos, Presidente da Comissão para a Vida e a Família do Regional Leste 2 e bispo da Diocese de Divinópolis (MG); pe. Rafael Fornasier, Assessor Nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família e Secretário Executivo da Comissão Nacional da Pastoral Familiar; pe. Evandro Alves Bastos, Secretário Executivo do Regional Leste 2 da CNBB; pe. Edilson Raposo, Assessor eclesiástico da pastoral familiar do Regional Leste 2 da CNBB; pe. Jorge Alves Filho, Assessor Eclesiástico da Pastoral familiar da Arquidiocese de BH; Raimundo (Tico) e Vera Lúcia, casal coordenador da Comissão Nacional da Pastoral Familiar; Júlio e Marília, casal coordenador da Comissão Regional da Pastoral Familiar Leste 2.

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          Os Casais, Ubinaldo e Edileuza, Chiquinho e Marlucia,                   George e Cristina e o Padre Paulo, representaram a Pastoral Familiar               da Diocese de Juazeiro no Congresso

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A Dom Walmor coube as palavras de boas vindas aos palestrantes e congressistas. Ele acolheu a todos falando sobre as belezas Minas e afirmou: “sou um mineiro baiano e o baiano mais mineiro”, aludindo ao tempo em que viveu na Bahia.

Dom Petrini fez a abertura oficial do evento e os trabalhos da noite foram encerrados com uma oração.

No sábado, os trabalhos foram retomados com a oração feita pela equipe de liturgia que através da celebração do Ofício Divino das Comunidades.

A seguir, foram convidados ao palco do teatro do Minascentro os primeiros expositores do dia.

A primeira foi a Dra. Maria Inês, médica e doutora em ciência da religião e teologia. Ela apresentou as tendências atuais que desconstroem o individuo e a família. Mostrou as tendências que vão diminuindo o valor da família. Exemplificou apresentando dados de uma pesquisa que fez com 500 universitários em 2002, onde foi feita a pergunta “qual seria seu decálogo se você fosse Deus” o resultado foi um surpreendente quarto mandamento que dizia “ser família é coisa do passado”. A partir disso, ela mostrou um caminho onde diz que no final deveremos ser “Curadores feridos”.

O segundo a apresentar-se foi o Pe. Jorge, assessor Arquidiocesano da Pastoral Familiar de Belo Horizonte, que apresentou um panorama social da pessoa e da família, incluindo o âmbito pastoral. Segundo ele a ação pastoral tem que ser questionadora da condição humana atual para poder sugerir propostas. Terminou apresentando um trecho da Familiaris Consortio que fala sobre a constituição da família como Igreja Doméstica, onde o Bem-aventurado João Paulo II exorta: “Família torna-te aquilo que és”.

A seguir, Pe. Libânio, jesuíta e professor de teologia na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), o terceiro a apresentar-se, falou sobre diversos torpedos que vão destruindo a família. Ele apenas fez uma análise, sem entrar em detalhes sobre o que são os problemas, pois afirmou que na era da informação e do Google, informação é o que mais as pessoas têm. Ele discorreu e comentou o que está informado. Transmissão da cultura,transformação da cultura por 4 torpedos: a ciência, a autonomia, a história, a práxis, a Família como relação – relação e cuidado. Antes a família era cultura, agora é relação, pois mudamos a casa todos dia. A Pastoral Familiar precisa ensinar a se relacionar. Vivemos em uma sociedade fragmentada, quebrada por dentro, e nós precisamos organizar os caquinhos em mosaicos bonitos. Também trabalho da Pastoral Familiar.

Ao final das apresentações, foram comentadas as perguntas feitas por escrito para os debatedores.

A seguir, conforme a programação, foi convidada ao palco do auditório a Dra. RenateJost, psicoterapeuta de renome internacional, que criou e desenvolveu o método de abordagem e análise do inconsciente, para falar sobre a pessoa e a família através dessa abordagem. Ela apresentou aos participantes de maneira clara a 3ª dimensão da pessoa, aquela que se confere à pessoa uma visão humanística, que é a dimensão espiritual, que existe além da física e da psicológica. Mostrou como, em seus estudos, essa dimensão espiritual é muito importante e se manifesta já desde a concepção. Através de diversos casos que apresentou, a dra.Renate afirmou que as pessoas tendem, “a buscar o equilíbrio e a retomada do seu ‘eu’ sadio, que é aquele que é adquirido já desde o ventre materno”.Ela também passou algumas dicas sobre como evitar problemas com a pessoa, indicando o que pode ser feito pelos pais desde o tempo da gestação.

Terminada a apresentação da Dra. Renate, os congressistas foram convidados ao almoço que foi servido nas dependências do Minascentro. Os trabalhos foram retomados às 14h.

Dom Petrini foi o expositor que falou aos congressistas logo após o almoço. Seu tema, Ecologia Humana, apresentou através de diversos pensadores, começando pelo Beato João Paulo II, passando por Bento XVI e chegando até mesmo a Karl Marx, que diante do pensamento humano é possível estabelecer o que é e como trabalhara defesa do Ser Humano, de sua existência e de seus valores. Sua reflexão também foi na direção de que não é somente o problema da manipulação biológica que deve nos preocupar, mas a mentalidade reducionista que hoje está instalada na sociedade e que empobrece a pessoa.“Vivemos em um mundo que é deserto de amor”, enfatizou dom Petrini, “não se sabe mais amar”. Segundo o bispo, hoje se vive relações descartáveis onde o amor é transformado em um relacionamento superficial, onde não entra a opção da doação pelo outro e para o outro. Ele lembrou o exemplo de Cristo que diz “este é o meu corpo que dou por você” como um modelo a ser seguido pela pessoa e pela família, consequentemente. Afirmou que esta é “uma qualidade de amor que é verdadeiro porque procura o bem da outra pessoa”.Ao final da sua palestra, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família fez diversas indicações de atividades pastorais que os agentes podem desenvolver além do que atualmente já é feito. Entre as indicações, citou encontros com casais pelas casas de forma missionária para partilha da palavra e da vida e interações mais elaboradas com outros grupos e pastorais como a catequese.

Após a palestra de dom Petrini foi composta uma mesa para que a Pastoral Familiar pudesse falar sobre diversos aspectos da caminhada da Pastoral Familiar.

Após esse momento foi apresentado um filme sobre a vida do Servo de Deus Pe. Eustáquio van Lieshout ss.cc.

Ainda no sábado foi celebrada a Santa Missa, presidida por Dom Walmor, Arcebispo de Belo Horizonte e concelebrada pelos bispos e padres presentes. Após a missa, houve a apresentação do coral de canto gregoriano de Belo Horizonte.

O dia foi encerrado com uma confraternização, onde foi servido um caldo à mineira a todos os participantes do XIII Congresso, que foram convidados a retornarem ao Minascentro no domingo às 8h.

 

O domingo da Assunção no XIII Congresso da Pastoral Familiar

 

O dia iniciou-se com a oração das Laudes conduzida por dom Petrini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família. A assembleia reunida celebrou com o bispo a oração da Igreja, motivados pela orientação que o próprio dom Petrini havia feito.

A programação do dia teve como primeira apresentação a palestra de dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal para o Laicato e recém-designado bispo para a diocese de Caçador (SC).

Ele iniciou sua colocação falando que “é preciso tomar cuidado para que o trabalho pastoral não se torne um movimento, sob o risco de tornar a pastoral um objeto” porque se assim for, segundo o bispo, corremos o risco de que o trabalho acabe.

“Amor é uma das palavras mais procuradas de nossa língua, mas também q mais desgastada” afirmou dom Severino ao falar que hoje as famílias têm dificuldade em exercitar o amor, por não saberem mais o que isso significa. Também disse que “somos cidadãos do Reino dos Céus” ao afirmar que o casal cristão não pode entregar-se às coisas deste mundo, às futilidades passageiras e ao trabalho desmedido, mas precisam dar mais atenção às coisas que não passam. E citou diversos trechos do Familiaris Consortio e do Documento de Aparecida para exortar os agentes reunidos no Congresso.

O segundo momento do domingo foi apresentado pelo dr. Carlos Berlini, representante e coordenador nacional da ONG Ai.Bi. – Amici Dei Bambini, que trabalha com adoção. Ele apresentou um relatório sobre como está a questão da adoção no Brasil e como a parceria com a Pastoral Familiar está ajudando na conscientização das pessoas e das famílias sobre a beleza de ter o coração aberto para uma “espiritualidade de acolhida”.

Depois, falou o casal Eunides e Bosco, assessores pedagógicos nacionais do INAPF – Instituto Nacional da Pastoral Familiar – que motivaram os agentes a buscarem cada vez mais a criação dos núcleos Regionais de Formação e Espiritualidade, importantes para a formação sistemática dos agentes da Pastoral Familiar.

Após o intervalo do café, dom Petrini, despediu-se por questões da viagem de retorno, e em sua despedida falou no projeto Raquel, que é dirigido às mulheres que fizeram o aborto, mas que se arrependem e desejam buscar o perdão de Deus. Essas mulheres são atormentadas pelo peso da culpa e desejam alcançar o perdão. Esse trabalho é fruto de um congresso realizado pelo Vaticano há três anos, cujo tema era o Óleo sobre as Feridas. Agradeceu a dom Walmor e ao casal coordenador do Regional Leste 2, Júlio e Marília por todo o empenho na preparação do evento.

Ainda dentro da programação, o casal Ana Lúcia e Airton apresentaram um painel sobre o trabalho com os Casais em Segunda União, que em vário locais do Brasil acontece com a acolhida daqueles que não conseguiram viver a união matrimonial, mas que reconstruíram sua vida e agora tentam caminhar com um novo parceiro(a) como casal cristão apesar de não serem sacramentados.

O casal da comunidade Família de Caná falou sobre o problema das drogas na família e ofereceu dicas e informações sobre como lidar com esse problema que afeta toda a família. Enfatizaram, por fim, a importância de que as pessoas que sofrem com drogados na família procurem os centros de auxílio que existem em todo o Brasil.

Depois das apresentações, todos os expositores foram convidados novamente à mesa para uma rápida rodada de perguntas sobre os assuntos.

Por fim, a última atividade programada do domingo foi a oração de envio para todos os participantes do Congresso. Porém, antes foi anunciado o Regional Nordeste 5como a sede do XIV Congresso Nacional da Pastoral Familiar em 2014. O casal coordenador do Regional Nordeste 5, Lúcia e Abimael, recebeu das mãos do casal coordenador do Regional Leste 2, Marília e Júlio, a imagem itinerante da Sagrada Família que está acompanhando os Congressos Nacionais desde o XI realizado em São Paulo, em 2005.

Dom Joaquim Carreira conduziu a oração de envio e despediu a todos encerrando oficialmente o XIII Congresso Nacional da Pastoral Familiar.

 

Repercussão do XIII Congresso

Assista ao vídeo da Globo de Minas Gerais,falando sobre o XIII Congresso Nacional da Pastoral Familiar.

http://g1.globo.com/videos/minas-gerais/v/belo-horizonte-sedia-13-congresso-nacional-da-pastoral-familiar/1603896/#/todos

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tudo pronto para o 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar

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       Belo Horizonte acolhe as famílias brasileiras, vinda dos 17 Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nos dias 19 a 21, para o 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar. Cerca de 800 participantes estão inscritos, entre bispos, coordenadores regionais, diocesanos e assessores eclesiásticos da Pastoral Familiar; coordenadores nacionais dos Movimentos e Serviços Familiares, e agentes de Pastoral Familiar das dioceses de todo o Brasil. 

        No dia 19, haverá o 9º Seminário dos Assessores da Comissão Nacional da Pastoral Familiar. O encontro que antecede ao 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar é destinado aos casais e assessores eclesiásticos da Pastoral Familiar do Brasil, e terá como tema os Desafios e possibilidades da família no limiar do novo milênio “30 anos da Familiares Consortio”.

       As assessorias do 9º Seminário dos Assessores da Comissão Nacional da Pastoral Familiar ficarão a cargo do bispo diocesano de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, dom João Carlos Petrini; e de dom Joaquim Justino Carreira, membro da mesma Comissão.

A abertura oficial do Congresso Nacional da Pastoral Familiar será às 18h no Teatro Topázio, no Minascentro (Av. Augusto de Lima,785 – Centro) em  Belo Horizonte. Com o tema “Família Pessoa e Sociedade”, e o lema “Somos cidadãos e membros da família de Deus” o Congresso pretende ser um momento de formação, partilha e experiências, com o propósito de “alicerçar” o trabalho da Pastoral Familiar no Brasil.

 

Clique aqui e veja a programação do Evento

sábado, 13 de agosto de 2011

ORAÇÃO DO PAI

Untitled-2[1]Ajudai-me Senhor, na missão de pai, porque é difícil e pesado encargo de sustentar a família e dar-lhe o bem estar-estar e a tranqüilidade; e é quase heroísmo ser alegre com os familiares quando pesam as preocupações pessoais e os problemas.

Ajudai-me Senhor, na missão de pai, para que eu realize o diálogo com minha esposa e os filhos. Que eu seja aberto para ouvir, humilde para propor, sábio para decidir e co-responsável para realizar.

Ajudai-me Senhor, na missão de pai, para que eu saiba descobrir os valores de minha esposa e os talentos de meus filhos; e os ajude a desenvolvê-los. Saiba corrigir com amor, sem destruir nem humilhar.

Ajudai-me Senhor, na missão de pai, para que eu defenda a dignidade do meu lar contra a imoralidade atrevida e a permissividade tentadora, vivendo o amor com fidelidade e construindo a união que faz o lar feliz.

Ajudai-me Senhor, na missão de pai, para que eu possa ser sempre um testemunho de fé em Deus, coragem nas dificuldades, paciência nas provocações e esperança na dor. E que pelo apostolado familiar, ajude outras famílias a serem mais felizes.

Ajudai-me Senhor, na missão de pai, para que eu saiba dar valor à experiência sem me prender ao passado;;; saiba ser moderno e atualizado sem ser superficial e vazio; e conserve bem viva a vontade firme de acertar.

E finalmente ajudai-me, senhor, na missão de pai, para que eu creia firmemente que a grandeza da paternidade, assim vivida, não termina nem mesmo com a morte, porque seus frutos são eternos.

Parabéns, Papai!!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Pensar no sacerdote é pensar em alguém frágil

A consagração sacerdotal não elimina a sedução do pecado

           Não foi difícil para os discípulos, que estavam no meio do povo e que escutavam a cada momento os comentários sobre a Pessoa de Jesus, dar uma resposta: alguns afirmavam que Cristo era Jeremias; outros que era Elias; para outros Ele era Moisés; e para outros, algum dos profetas.

           Mas, lendo o Evangelho com maior atenção, podemos perceber que havia quem considerasse Jesus um bom “aproveitador da vida”, a ponto de ser definido como “comilão e beberrão”, e para outros, ainda uma autêntica encarnação do diabo – motivo pelo qual expulsava os demônios com a força do mesmo príncipe dos demônios, segundo eles. Quem sabe a mais clara manifestação do sofrimento de Jesus seja dada pela Sua mesma confissão: “Nenhum profeta é aceito na sua pátria, e vocês me podem dizer: médico, cura-te a ti mesmo”. A Pessoa de Jesus se coloca na nossa frente como modelo de todo o agir para qualquer um, mas especialmente para os sacerdotes.

          Pensar no sacerdote é pensar em alguém frágil, pecador, carregado de tantos defeitos e limitações, mas que, um dia, não só por sua decisão própria de querer seguir o Cristo, mas por vontade da mesma Igreja que discerniu a sua vocação por meio de tantos anos de caminhada, foi “consagrado sacerdote”. Quer dizer, foi chamado e considerado apto para ser no mundo uma presença viva de Jesus, um “outro Cristo” e recebeu como missão fazer de sua vida uma transparência de amor e revestir todos os seus atos de carinho, de perdão e de misericórdia em favor de todos os que necessitam de Jesus.

         Nenhum padre poderá esquecer o dia em que se prostrou diante do altar e foi, pelo ministério episcopal, ordenado sacerdote, quando publicamente assumiu continuar a memória de Jesus pela celebração do Mistério Eucarístico. A ele foi dada a mesma ordem que o Cristo deu naquela noite da Última Ceia: “Fazei isto em minha memória”.

         O sacerdote não se ordena a si mesmo, não chama a si mesmo, não escolhe a si mesmo, mas é chamado e escolhido. E toda escolha não é outra realidade senão um gesto de amor que não tem explicação humana, é um ato de amor que só o amor pode explicar.

          Ser sacerdote é ter a consciência de que um dia fomos chamados do meio do povo, consagrados e devolvidos ao serviço do povo. Agir na Pessoa de Cristo exige constante esforço de se despir de todos os pecados e limitações para que a beleza e a grandeza de Jesus possa resplandecer em toda a sua luz.

          Quem és tu, sacerdote? Alguém que, um dia, pela graça de Deus, foste chamado a seguir os passos de Jesus, foste seduzido pelo serviço apostólico, profético, percebeste que o anúncio do Evangelho era o teu único desejo, de servir o povo no desinteresse e na caridade era o teu sonho, que se colocar na escuta do grito de tantos irmãos esmagados, sofridos pela injustiça e pelo pecado era o teu único desejo, e por isso aceitaste com alegria ser “sacerdote”, deixando atrás de ti sonhos humanos, desejos.

          Não te apavore se nestes últimos tempos, por todos os lados, tentam deformar, denegrir, sujar a imagem do sacerdócio. Em tempo de crise devemos viver com maior intensidade os valores da vida sacerdotal. A consagração sacerdotal não elimina a sedução do pecado nem nos vacina contra as tentações que experimentamos no dia a dia.

          Nenhuma falta de um irmão poderá romper e destruir a beleza do sacerdócio. O coração de Jesus é tão grande que compreende todos os pecados e perdoa todas as faltas, é na misericórdia e no amor que se reconstroem as vidas. O ouro nunca deixará de se encontrar debaixo da terra, mas sempre ele terá o seu brilho.

 

Frei Patrício Sciadini

Frei Patrício é diretor do Centro Teresiano de Espiritualidade, na cidade de São Roque, e superior da mesma Comunidade.
É diretor das Edições Carmelitanas, pregador de retiros e cursos de espiritualidade.
Escreveu mais de 60 livros que foram publicados no Brasil e no exterior.

 

Vídeo homenagem a todos os sacerdotes: