domingo, 25 de novembro de 2012

Familia, lugar dos valores do Reino de Deus

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  Somos cooperadores desta graça

         Quando um casal forma uma família, nasce um novo espaço sagrado no mundo, um lugar reservado por Deus para que os valores do Reino sejam implantados e vividos. Nesta perspectiva, o lar cristão precisa se tornar o próprio Reino de Deus, local de Sua santa morada. Mas isto só é possível com a colaboração dos próprios cônjuges, que têm a missão de implantar este reino de amor, paz e justiça.

           O reino do amor começa com o próprio relacionamento do casal, que deve ser construído a cada dia através de gestos de acolhida, carinho, proteção, afeto mútuo, compreensão. Também uma dose de emoção e sentimentos que terão que se renovar no dia a dia, recheado de palavras que elevam a outra pessoa e revelam o que ela tem de mais precioso. Infelizmente, em alguns lares não vemos casais apaixonados e se apaixonando pela aventura de viver juntos, acabam esfriando a paixão do namoro, deixando de lado o prazer sexual como fonte de alegria, relegando isto a busca de prazer às custas do outro. O sexo sem amor é alienante, pois "leva" a pessoa à categoria de "animal", que quer prazer a todo custo. O componente do amor, enquanto vivência de carinho e de afeto demonstrados, faz a diferença na vida conjugal. O Reino de Deus é repleto de amor, deste amor que se dá mais do que se recebe. Que é mais doação de vida, sacrifício pelo outro do que busca de se preencher pessoalmente. O Reino de Deus acontece quando promovemos o amor e fazemos dele o centro de nossas vidas.

          O Reino também é de paz, e esta paz só acontece a partir da presença do Príncipe da Paz, que é Jesus Cristo. Toda família precisa ter como fonte de paz, a pessoa de Jesus. E isto acontece a partir da participação dos membros da família na Igreja: a vivência sacramental. Se fizéssemos uma enquete sobre o assunto, certamente iríamos descobrir que famílias que participam da Santa Missa todo domingo, por exemplo, conseguem conservar a paz e banir a discórdia, as divisões internas, brigas, no interior de seus lares. Não há paz longe de Jesus Cristo, Ele é o Shalom de Deus, paz completa, paz duradoura. Este valor do Reino não se consegue implantar com as próprias forças, mas é fruto da presença de Jesus. Somos cooperadores desta graça, nos expondo e nos colocando na presença de Cristo através da Igreja.

         Outro valor do Reino a ser implantado na família é a justiça. Não a justiça de quem pensa em fazer o que é correto perante a lei tão somente. Isto é até fácil, mas a justiça do Reino de Deus é tirar de si e dar ao outro. Tudo que temos e que não estamos utilizando não nos pertence, portanto não é nosso, mas de outro que está precisando. Não podemos reter para nós o que não necessitamos para ter uma vida digna, sabendo que outra pessoa não tem esta mesma vida digna porque não partilhamos com ele o que nos sobra. O Reino de Justiça é o Reino da solidariedade, da partilha, da caridade expressa em ajuda mútua. É bem fácil achar-se justo dentro da nossa individualidade e a partir do egocentrismo que é tão presente na atual sociedade. Na família cristã deve-se viver a fraternidade, para que o mundo seja melhor a partir de cada um de nós.

         Tudo isto começa na família, a partir dos conceitos cristãos que precisamos absorver , ensinar os nossos filhos a viverem: o amor, a participação sacramental em busca da paz e a justiça. É esta a nossa missão: implantar o Reino de Deus a partir da formação moral de homens e mulheres, para se tornarem novos para um mundo novo, o que só é possível no ambiente familiar.

Deus abençoe você e sua família.

Diácono Paulo Lourenço

Cristo, Rei do Universo

 

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O último domingo do ano litúrgico, nos traz de volta para a fonte e o ápice da nossa fé. Nós celebramos, na verdade, hoje, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Toda a liturgia da Palavra e a Liturgia da Eucaristia, que são os dois momentos essenciais da Missa, fazem-nos espiritualmente desfrutar deste grande tema de relevância teológica e moral para todo crente.

E é o apóstolo Paulo a compreender os aspectos essenciais do tema no texto da Primeira Epístola aos Coríntios (1Cor 15,20-26.28), que podemos ler e meditar hoje: “Irmãos, Cristo ressuscitou dentre os mortos, as primícias dos que morreram, porque, se por meio de um homem a morte veio até nós, também por meio de um homem veio a ressurreição dos mortos, e, como todos morrem em Adão, assim todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias, depois na sua vinda aqueles que são de Cristo. Então virá o fim, quando Ele entregar o reino a Deus Pai, depois de reduzir a nada toda autoridade e todo poder. Pois Ele deve reinar até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. E quando tudo tiver sido sujeito, Ele, o Filho, estará sujeito Àquele a que sujeitou todas as coisas, que Deus seja tudo em todos”.

A recapitulação de todas as coisas em Cristo é a chave para o mistério da criação e da redenção do homem e da humanidade. Cristo é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim de tudo. Ele, que revelou o Pai e o Espírito Santo, é o mediador da única e eterna aliança entre Deus e a humanidade; é Ele o Redentor e Salvador, o Messias que veio e que devemos esperar novamente pela segunda e definitiva vinda à Terra para julgar os vivos e os mortos para a instauração do Reino definitivo e de sua realeza para sempre. O seu reinado no mundo já está se desenvolvendo na expectativa da realização plena. É a inicial fase da instauração do seu Reino, que, em sua plenitude, há de se manifestar no final da história. Um reino que é construído a cada dia através do trabalho daqueles que acreditam em Cristo e nos valores proclamados por Ele.

Lembra-nos, em poucas palavras, o Prefácio da Solenidade de hoje: “Fostes vós, ó Deus, que com óleo de alegria consagrastes Sacerdote eterno e Rei do Universo o vosso único Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor. Ele se sacrificou como vítima imaculada de paz sobre o altar da Cruz, atuou o mistério da redenção humana, sujeitando ao seu poder todas as criaturas, ofereceu a sua majestade infinita, o reino eterno e universal: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, amor e paz”.

Centra-se sobre estes valores o texto do Evangelho de Mateus (Mt 25,31-46), que percebemos como o do Juízo Final, que será expresso, sobretudo, em ordem à caridade e (o) ao amor concreto com o qual vivemos nossa existência terrena: “Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, recebei em herança o reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, eu era peregrino e recolhestes-me, nu e me vestistes, doente e visitastes-me, na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e nós te alimentamos? com sede e te demos algo para beber? Quando te vimos peregrino e te acolhemos? sem roupa e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te? Em resposta, o rei dirá a eles: Em verdade eu vos digo: cada vez que fizestes isso a um desses meus irmãos mais pequeninos, fizestes a mim.”

E é em cima da caridade que seremos julgados se somos dignos ou não de adentrar no Reino de Deus. Uma caridade vivida no dia-a-dia no serviço aos pobres e aos necessitados de toda espécie. A caridade que vem do coração e vai ao coração, que não faz cálculos ou conta o tempo e o espaço para servir a causa dos últimos e marginalizados.

Jesus nos ensina a entrar nesta dinâmica de amor e de experimentar este amor, porque a verdadeira grandeza do homem, sua verdadeira realeza, a nobreza, especialmente do coração e da mente, é precisamente este amor que se manifesta e sempre é capaz de doar-se. É como o Bom Pastor que vai em busca da ovelha perdida, que cuida do doente, que cuida de todas as ovelhas do seu rebanho, e se alguma está em falta não se resigna à sua perda, mas a busca com insistência. É a ação da graça de Deus agindo silenciosamente e de maneiras misteriosas para a conversão do coração e da vida daqueles que vivem em comunhão com Ele, consigo mesmo e com os outros.

E é impressionante o efeito cenográfico e visual do pastor trazido à nossa atenção por meio da passagem do profeta Ezequiel, que é a primeira leitura da Palavra de Deus hoje (Ez 34,11-12.15-17), na Solenidade de Cristo Rei: “Assim diz o Senhor Deus: ‘Eis que eu mesmo vou procurar as minhas ovelhas e vou cuidar delas. Como um pastor busca o seu rebanho, quando está entre as suas ovelhas que estavam dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares onde foram espalhadas, nos dias nublados e escuros. Eu mesmo conduzirei minhas ovelhas… Esse tema é repetido também no texto do salmo responsorial, tirado de Salmo 22: “O Senhor é meu pastor, nada me faltará, Ele me faz repousar em verdes pastos, guia-me mansamente em águas tranquilas”. Ele me leva por sendas direitas por amor do seu nome. Mesmo que eu ande pelo vale escuro, não temerei mal algum, porque ele estará comigo… e habitarei na casa do Senhor para sempre.”

Com estes sentimentos no coração, podemos concluir o ano litúrgico e dar graças a Deus por todas as bênçãos espirituais que Ele nos deu neste ano, com a esperança de que tenhamos contribuido de modo substancial no caminho para a santidade. Porque cada ano que passa, seja esse litúrgico ou do calendário, é um processo lento, mas seguro, na aproximação final do ingresso definitivo do Reino de Deus. Ingresso que será sancionado com a nossa morte, o último inimigo a ser destruído por este Rei único e especial, humilde e generoso, que veio entre nós, viveu e morreu por nós e ressuscitou por nós.

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Curso de Noivos

Aconteceu no ultimo dia 11 de Novembro do corrente ano, o Curso de Preparação para o Matrimonio na Paróquia São Cosme e Damião. O curso aconteceu na Igreja São Cosme e Damião, tendo seu inicio com a celebração da Santa Missa, às 7:30hs, e encerrando às 16:00hs, com a entrega dos certificados.

A Encontro foi organizado pela equipe da Pastoral Familiar do setor Pré Matrimonio da Paróquia , tendo como Coordenador o Casal George e Cristina. As Palestras, Harmonia Conjugal, Dialogo, Sacramento do Matrimonio, celebração Liturgica do Matrimônio, Paternidade Responsavel e outras, foram desenvolvidas pelos casais que compõe o setor na paróquia, os quais não mediram esforços para que o curso acontecesse dentro do nível esperado. Esta equipe acompanhou a participação de 14 casais de noivos, que além das palestras dentro do programa do manual da Pastoral Familiar, se deliciaram com o café da manhã oferecido pela equipe da Pastoral, como também provaram de um apetitoso almoço organizado pela mesma equipe.

Desta forma, a Pastoral Familiar da Paróquia São Cosme e Damião considerou o evento, tanto do lado das palestras como do lado da recepção, muito bem conduzido.

 

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