sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Ideologia de Gênero é Demoníaca.



        O Papa Francisco condenou duramente a “ideologia de gênero” em uma conversa privada com o bispo austríaco Andreas Laun, no início deste ano, relatou o próprio bispo em um artigo.
Ao fazê-lo, o Papa segue as pegadas de seu predecessor, o Papa Bento XVI. Ao fim de seu pontificado, o papa emérito falou duas vezes sobre a ideologia de gênero como “uma tendência negativa para a humanidade” e uma “profunda falsidade”, sobre “a qual é um dever dos pastores da Igreja” colocar os fiéis “em alerta”.
Dom Laun, bispo auxiliar de Salzburg, escreveu sobre as palavras do Papa Francisco em março, em um artigo para o portal de notícias católica alemão Kath.net. Dom Laun declarou a LifeSiteNews que se encontrou com o Papa brevemente, em 30 de janeiro, como parte da visita ad limina dos bispos austríacos, um encontro que os bispos devem ter a cada cinco anos. Laun acrescentou que ele foi o último dos bispos a falar com o Santo Padre.
“Ao responder minha pergunta, Papa Francisco disse, “a ideologia de gênero é demoníaca!”. Laun escreveu em seu artigo, acrescentando que o Papa não exagerava em seu comentário. “De fato, a ideologia de gênero é a destruição das pessoas, e é por isso que o Papa tinha razão em chamá-la de demoníaca”, disse.
Escrevendo sobre a ideologia de gênero, Dom Laun explicou que a “tese central desse doentio raciocínio é o resultado final de um feminismo radical que o lobby homossexual fez seu”.
“Ele sustenta que não há apenas homem e mulher, mas também outros ‘gêneros’. E mais: toda pessoa pode escolher o seu gênero”, acrescentou.
“Hoje”, afirmou, “a ideologia de gênero é promovida por governos e pessoas importantes, e um montante substancial de dinheiro é lançado para difundi-la, mesmo em materiais de ensino de jardins de infância e escolas”.
Para mais informações a respeito, Dom Laun indicou a leitura do último livro da famosa socióloga alemã Gabriele Kuby, Die globale sexuelle Revolution: Zerstörung der Freiheit im Namen der Freiheit (“A revolução sexual global: destruição da liberdade em nome da liberdade”, tradução livre).
Kuby, uma conhecida de longa data do Papa Bento XVI, presenteou o agora Papa emérito com uma cópia do livro em novembro de 2012. “Graças a Deus que a senhora escreve e fala (sobre esses assuntos)”, disse o Papa Bento a ela.
Para Kuby, não é chocante chamar a ideologia de gênero de demoníaca.
“A ideologia de gênero é a mais profunda rebelião contra Deus possível”, declarou Kuby a LifeSiteNews. “A pessoa não aceita que é criada como homem ou mulher, não, e diz, ‘Eu decido! É minha liberdade!’ — contra a experiência, a natureza, a razão, a ciência!”
“É a última das perversões do individualismo”, explicou. “Ela rouba o homem do último fragmento de sua identidade, isto é, o ser homem e mulher, depois de ter perdido a fé, a família e a nação”.
“É realmente diabólico”, concluiu, “que uma ideologia, que toda pessoa pode discernir como uma mentira, possa capturar o senso comum das pessoas e se tornar uma ideologia dominante em nossos tempos”.
Em seu discurso de 21 de dezembro de 2012 à Cúria Romana, o Papa Bento XVI lançou uma ampla advertência quanto ao uso do “termo ‘gênero’ como nova filosofia da sexualidade”.
“De acordo com tal filosofia, o sexo já não é um dado originário da natureza que o homem deve aceitar e preencher pessoalmente de significado, mas uma função social que cada qual decide autonomamente, enquanto até agora era a sociedade quem a decidia”, afirmou. “Salta aos olhos a profunda falsidade desta teoria e da revolução antropológica que lhe está subjacente”.
Continuava o Papa:
O homem contesta o facto de possuir uma natureza pré-constituída pela sua corporeidade, que caracteriza o ser humano. Nega a sua própria natureza, decidindo que esta não lhe é dada como um facto pré-constituído, mas é ele próprio quem a cria. De acordo com a narração bíblica da criação, pertence à essência da criatura humana ter sido criada por Deus como homem ou como mulher. Esta dualidade é essencial para o ser humano, como Deus o fez. É precisamente esta dualidade como ponto de partida que é contestada. Deixou de ser válido aquilo que se lê na narração da criação: «Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27). Isto deixou de ser válido, para valer que não foi Ele que os criou homem e mulher; mas teria sido a sociedade a determiná-lo até agora, ao passo que agora somos nós mesmos a decidir sobre isto. Homem e mulher como realidade da criação, como natureza da pessoa humana, já não existem. O homem contesta a sua própria natureza.
Bento XVI notou o dano dessa filosofia à dignidade humana, à família e às crianças. “Onde a liberdade do fazer se torna liberdade de fazer-se por si mesmo, chega-se necessariamente a negar o próprio Criador; e, consequentemente, o próprio homem como criatura de Deus, como imagem de Deus, é degradado na essência do seu ser”.
O Papa Bento abordou a ideologia de gênero novamente, um mês mais tarde, em 19 de janeiro de 2013. “Os Pastores da Igreja — a qual é «coluna e sustentáculo da verdade» (1Tm 3,15) — disse Bento — têm o dever de alertar contra estas derivas tanto os fiéis católicos como qualquer pessoa de boa vontade e de razão reta”.
“Trata-se de uma deriva negativa para o homem, não obstante se disfarce de bons sentimentos, no sinal de um progresso hipotético, ou de supostos direitos ou ainda de um presumível humanismo”, afirmou. “Por isso, a Igreja reitera o seu grande sim à dignidade e à beleza do matrimônio, como expressão de aliança fiel e fecunda entre um homem e uma mulher, e o seu não a filosofias como aquela do gênero se motiva, pelo fato de que a reciprocidade entre masculino e feminino expressa a beleza da natureza desejada pelo Criador”.

Fonte: http://fratresinunum.com/2014/07/21/bispo-austriaco-papa-disse-me-que-a-ideologia-de-genero-e-demoniaca/

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Como educar meus filhos com sabedoria.

Muitos pais se sentem desesperados quando o assunto são os filhos

         Vivemos tempos difíceis, quando buscamos uma solução para enfrentar a rebeldia da juventude. Muitas crianças, adolescentes e jovens se rebelam contra seus pais. Qual seria, então, o caminho para os conflitos atuais e como enfrentá-los de modo cristão?






       O ‘não’ na vida de uma criança é tão importante quanto o ‘sim’. Dizer ‘não’ indica que a liberdade tem limites. Vivemos um tempo em que a liberdade sem limites é propagada e tudo parece ser permitido. Mas a realidade mostra que liberdade sem limites se torna prisão. O ‘não’ educa a criança para a vida, mostra a ela que até determinado ponto pode-se ir, mas ultrapassar aquele limite é perigoso.
       Dizer ‘não’ significa ensinar às crianças que nem na vida tudo é permitido. O fato de receber um ‘não’ amadurece a criança, o adolescente e o jovem para a vida. Quem nunca ouviu um ‘não’, quando se deparar com ele fará birra, esperneará e rolará pelo chão. Essa cena é comum em muitos locais. O ‘não’ educa, desde que seja pronunciado com amor.
       Não é raro muitos pais gastarem o salário de um mês suado de trabalho com as roupas mais caras para seus filhos. No desejo de atender às solicitações dos pequenos, usam todo o dinheiro em uma calça ou um tênis. No entanto, nunca têm tempo para perguntar aos filhos como estão na escola, quem são seus amigos ou se estão passando por alguma dificuldade.
       A calça, por mais cara que seja, um dia vai rasgar. O tênis, com o tempo, vai se desgastar. O brinquedo, mais cedo ou mais tarde, vai quebrar. No entanto, há valores que permanecem para sempre no coração dos filhos.
       As frases: “Eu te amo”, “Você é importante para mim”, “Em que posso ajudá-lo?” ficam para sempre gravados no coração dos filhos. Isso não significa que os presentes não possam ser oferecidos, mas quando eles ocupam um lugar de valor essencial para a saúde emocional de um filho, está na hora de rever alguns conceitos.
       Hoje, muitos lares estão enfrentando as “inversões de papéis”, pois a autoridade é concedida a alguém que passa a ocupar um lugar que não é seu. É muito comum vermos cenas em que crianças assumem o papel de pai e mãe dentro de uma família. Talvez, por medo de magoar os filhos, muitos pais vão concedendo às crianças uma autoridade que ainda não é o momento de experimentarem; assim, crescem “mandando” nos pais.
       Chega um determinado momento em que a voz dos pais se cala, e a criança, o jovem ou a adolescente, é que dita as regras dentro do lar. O pai e a mãe agora são reféns das vontades e manias de uma criança de cinco anos ou de um adolescente que exige que todos os seus desejos sejam respeitados e realizados. É preciso cuidado nesses casos! Se uma criança de cinco anos “manda” dentro de casa, imaginemos o que não fará quando tiver seus quinze anos de idade. É preciso estabelecer os papéis de maneira correta dentro da família, e todos saberem quem é o pai, a mãe e o filho.
       Nas Sagradas Escrituras lemos: “Não se deixem enganar: ‘As más companhias corrompem os bons costumes’” (1 Cor 15,33). Hoje, muitos pais não sabem quem são os amigos e amigas de seus filhos. Esses mesmos pais, por vezes, se perguntam: “O que fiz de errado na educação dos meus filhos? Sempre os levei para a Igreja, mas agora estão em um caminho errado…”. Diante dessas questões que afligem tantos pais e mães, é preciso saber com quem os filhos estão andando. Quem são os amigos dos seus filhos? Quais influências eles exercem sobre suas crianças? Amigos que caminham nas trevas também levam outros para o mesmo caminho. Por isso, sempre será necessário que os pais conheçam os amigos de seus filhos e os oriente sobre o perigo de se envolverem com quem caminha longe da luz de Deus.
 


Padre Flávio Sobreiro