sexta-feira, 26 de agosto de 2011

XIII Congresso Nacional da Pastoral Familiar e os desafios da atualidade

        O Congresso Nacional é um momento de grande importância que acontece a cada três anos e abre espaço para a renovação da caminhada dos agentes de pastoral de todo o Brasil. Esta 13ª edição começou na noite da sexta-feira, 19/ago, e teve como tema “Família, pessoa e sociedade” e como lema “Somos cidadãos e membros da família de Deus” (Cf. Ef 2,19). Às 19h foi montada a mesa solene para a abertura dos trabalhos, composta por dom João Carlos Petrini, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB e bispo da Diocese de Camaçari (BA); dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo da Arquidiocese de Belo Horizonte, anfitriã do evento; dom Joaquim Justino Carreira, conselheiro da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB e bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo; dom Tarcísio Nascentes dos Santos, Presidente da Comissão para a Vida e a Família do Regional Leste 2 e bispo da Diocese de Divinópolis (MG); pe. Rafael Fornasier, Assessor Nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família e Secretário Executivo da Comissão Nacional da Pastoral Familiar; pe. Evandro Alves Bastos, Secretário Executivo do Regional Leste 2 da CNBB; pe. Edilson Raposo, Assessor eclesiástico da pastoral familiar do Regional Leste 2 da CNBB; pe. Jorge Alves Filho, Assessor Eclesiástico da Pastoral familiar da Arquidiocese de BH; Raimundo (Tico) e Vera Lúcia, casal coordenador da Comissão Nacional da Pastoral Familiar; Júlio e Marília, casal coordenador da Comissão Regional da Pastoral Familiar Leste 2.

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          Os Casais, Ubinaldo e Edileuza, Chiquinho e Marlucia,                   George e Cristina e o Padre Paulo, representaram a Pastoral Familiar               da Diocese de Juazeiro no Congresso

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A Dom Walmor coube as palavras de boas vindas aos palestrantes e congressistas. Ele acolheu a todos falando sobre as belezas Minas e afirmou: “sou um mineiro baiano e o baiano mais mineiro”, aludindo ao tempo em que viveu na Bahia.

Dom Petrini fez a abertura oficial do evento e os trabalhos da noite foram encerrados com uma oração.

No sábado, os trabalhos foram retomados com a oração feita pela equipe de liturgia que através da celebração do Ofício Divino das Comunidades.

A seguir, foram convidados ao palco do teatro do Minascentro os primeiros expositores do dia.

A primeira foi a Dra. Maria Inês, médica e doutora em ciência da religião e teologia. Ela apresentou as tendências atuais que desconstroem o individuo e a família. Mostrou as tendências que vão diminuindo o valor da família. Exemplificou apresentando dados de uma pesquisa que fez com 500 universitários em 2002, onde foi feita a pergunta “qual seria seu decálogo se você fosse Deus” o resultado foi um surpreendente quarto mandamento que dizia “ser família é coisa do passado”. A partir disso, ela mostrou um caminho onde diz que no final deveremos ser “Curadores feridos”.

O segundo a apresentar-se foi o Pe. Jorge, assessor Arquidiocesano da Pastoral Familiar de Belo Horizonte, que apresentou um panorama social da pessoa e da família, incluindo o âmbito pastoral. Segundo ele a ação pastoral tem que ser questionadora da condição humana atual para poder sugerir propostas. Terminou apresentando um trecho da Familiaris Consortio que fala sobre a constituição da família como Igreja Doméstica, onde o Bem-aventurado João Paulo II exorta: “Família torna-te aquilo que és”.

A seguir, Pe. Libânio, jesuíta e professor de teologia na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), o terceiro a apresentar-se, falou sobre diversos torpedos que vão destruindo a família. Ele apenas fez uma análise, sem entrar em detalhes sobre o que são os problemas, pois afirmou que na era da informação e do Google, informação é o que mais as pessoas têm. Ele discorreu e comentou o que está informado. Transmissão da cultura,transformação da cultura por 4 torpedos: a ciência, a autonomia, a história, a práxis, a Família como relação – relação e cuidado. Antes a família era cultura, agora é relação, pois mudamos a casa todos dia. A Pastoral Familiar precisa ensinar a se relacionar. Vivemos em uma sociedade fragmentada, quebrada por dentro, e nós precisamos organizar os caquinhos em mosaicos bonitos. Também trabalho da Pastoral Familiar.

Ao final das apresentações, foram comentadas as perguntas feitas por escrito para os debatedores.

A seguir, conforme a programação, foi convidada ao palco do auditório a Dra. RenateJost, psicoterapeuta de renome internacional, que criou e desenvolveu o método de abordagem e análise do inconsciente, para falar sobre a pessoa e a família através dessa abordagem. Ela apresentou aos participantes de maneira clara a 3ª dimensão da pessoa, aquela que se confere à pessoa uma visão humanística, que é a dimensão espiritual, que existe além da física e da psicológica. Mostrou como, em seus estudos, essa dimensão espiritual é muito importante e se manifesta já desde a concepção. Através de diversos casos que apresentou, a dra.Renate afirmou que as pessoas tendem, “a buscar o equilíbrio e a retomada do seu ‘eu’ sadio, que é aquele que é adquirido já desde o ventre materno”.Ela também passou algumas dicas sobre como evitar problemas com a pessoa, indicando o que pode ser feito pelos pais desde o tempo da gestação.

Terminada a apresentação da Dra. Renate, os congressistas foram convidados ao almoço que foi servido nas dependências do Minascentro. Os trabalhos foram retomados às 14h.

Dom Petrini foi o expositor que falou aos congressistas logo após o almoço. Seu tema, Ecologia Humana, apresentou através de diversos pensadores, começando pelo Beato João Paulo II, passando por Bento XVI e chegando até mesmo a Karl Marx, que diante do pensamento humano é possível estabelecer o que é e como trabalhara defesa do Ser Humano, de sua existência e de seus valores. Sua reflexão também foi na direção de que não é somente o problema da manipulação biológica que deve nos preocupar, mas a mentalidade reducionista que hoje está instalada na sociedade e que empobrece a pessoa.“Vivemos em um mundo que é deserto de amor”, enfatizou dom Petrini, “não se sabe mais amar”. Segundo o bispo, hoje se vive relações descartáveis onde o amor é transformado em um relacionamento superficial, onde não entra a opção da doação pelo outro e para o outro. Ele lembrou o exemplo de Cristo que diz “este é o meu corpo que dou por você” como um modelo a ser seguido pela pessoa e pela família, consequentemente. Afirmou que esta é “uma qualidade de amor que é verdadeiro porque procura o bem da outra pessoa”.Ao final da sua palestra, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família fez diversas indicações de atividades pastorais que os agentes podem desenvolver além do que atualmente já é feito. Entre as indicações, citou encontros com casais pelas casas de forma missionária para partilha da palavra e da vida e interações mais elaboradas com outros grupos e pastorais como a catequese.

Após a palestra de dom Petrini foi composta uma mesa para que a Pastoral Familiar pudesse falar sobre diversos aspectos da caminhada da Pastoral Familiar.

Após esse momento foi apresentado um filme sobre a vida do Servo de Deus Pe. Eustáquio van Lieshout ss.cc.

Ainda no sábado foi celebrada a Santa Missa, presidida por Dom Walmor, Arcebispo de Belo Horizonte e concelebrada pelos bispos e padres presentes. Após a missa, houve a apresentação do coral de canto gregoriano de Belo Horizonte.

O dia foi encerrado com uma confraternização, onde foi servido um caldo à mineira a todos os participantes do XIII Congresso, que foram convidados a retornarem ao Minascentro no domingo às 8h.

 

O domingo da Assunção no XIII Congresso da Pastoral Familiar

 

O dia iniciou-se com a oração das Laudes conduzida por dom Petrini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família. A assembleia reunida celebrou com o bispo a oração da Igreja, motivados pela orientação que o próprio dom Petrini havia feito.

A programação do dia teve como primeira apresentação a palestra de dom Severino Clasen, presidente da Comissão Episcopal para o Laicato e recém-designado bispo para a diocese de Caçador (SC).

Ele iniciou sua colocação falando que “é preciso tomar cuidado para que o trabalho pastoral não se torne um movimento, sob o risco de tornar a pastoral um objeto” porque se assim for, segundo o bispo, corremos o risco de que o trabalho acabe.

“Amor é uma das palavras mais procuradas de nossa língua, mas também q mais desgastada” afirmou dom Severino ao falar que hoje as famílias têm dificuldade em exercitar o amor, por não saberem mais o que isso significa. Também disse que “somos cidadãos do Reino dos Céus” ao afirmar que o casal cristão não pode entregar-se às coisas deste mundo, às futilidades passageiras e ao trabalho desmedido, mas precisam dar mais atenção às coisas que não passam. E citou diversos trechos do Familiaris Consortio e do Documento de Aparecida para exortar os agentes reunidos no Congresso.

O segundo momento do domingo foi apresentado pelo dr. Carlos Berlini, representante e coordenador nacional da ONG Ai.Bi. – Amici Dei Bambini, que trabalha com adoção. Ele apresentou um relatório sobre como está a questão da adoção no Brasil e como a parceria com a Pastoral Familiar está ajudando na conscientização das pessoas e das famílias sobre a beleza de ter o coração aberto para uma “espiritualidade de acolhida”.

Depois, falou o casal Eunides e Bosco, assessores pedagógicos nacionais do INAPF – Instituto Nacional da Pastoral Familiar – que motivaram os agentes a buscarem cada vez mais a criação dos núcleos Regionais de Formação e Espiritualidade, importantes para a formação sistemática dos agentes da Pastoral Familiar.

Após o intervalo do café, dom Petrini, despediu-se por questões da viagem de retorno, e em sua despedida falou no projeto Raquel, que é dirigido às mulheres que fizeram o aborto, mas que se arrependem e desejam buscar o perdão de Deus. Essas mulheres são atormentadas pelo peso da culpa e desejam alcançar o perdão. Esse trabalho é fruto de um congresso realizado pelo Vaticano há três anos, cujo tema era o Óleo sobre as Feridas. Agradeceu a dom Walmor e ao casal coordenador do Regional Leste 2, Júlio e Marília por todo o empenho na preparação do evento.

Ainda dentro da programação, o casal Ana Lúcia e Airton apresentaram um painel sobre o trabalho com os Casais em Segunda União, que em vário locais do Brasil acontece com a acolhida daqueles que não conseguiram viver a união matrimonial, mas que reconstruíram sua vida e agora tentam caminhar com um novo parceiro(a) como casal cristão apesar de não serem sacramentados.

O casal da comunidade Família de Caná falou sobre o problema das drogas na família e ofereceu dicas e informações sobre como lidar com esse problema que afeta toda a família. Enfatizaram, por fim, a importância de que as pessoas que sofrem com drogados na família procurem os centros de auxílio que existem em todo o Brasil.

Depois das apresentações, todos os expositores foram convidados novamente à mesa para uma rápida rodada de perguntas sobre os assuntos.

Por fim, a última atividade programada do domingo foi a oração de envio para todos os participantes do Congresso. Porém, antes foi anunciado o Regional Nordeste 5como a sede do XIV Congresso Nacional da Pastoral Familiar em 2014. O casal coordenador do Regional Nordeste 5, Lúcia e Abimael, recebeu das mãos do casal coordenador do Regional Leste 2, Marília e Júlio, a imagem itinerante da Sagrada Família que está acompanhando os Congressos Nacionais desde o XI realizado em São Paulo, em 2005.

Dom Joaquim Carreira conduziu a oração de envio e despediu a todos encerrando oficialmente o XIII Congresso Nacional da Pastoral Familiar.

 

Repercussão do XIII Congresso

Assista ao vídeo da Globo de Minas Gerais,falando sobre o XIII Congresso Nacional da Pastoral Familiar.

http://g1.globo.com/videos/minas-gerais/v/belo-horizonte-sedia-13-congresso-nacional-da-pastoral-familiar/1603896/#/todos

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tudo pronto para o 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar

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       Belo Horizonte acolhe as famílias brasileiras, vinda dos 17 Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nos dias 19 a 21, para o 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar. Cerca de 800 participantes estão inscritos, entre bispos, coordenadores regionais, diocesanos e assessores eclesiásticos da Pastoral Familiar; coordenadores nacionais dos Movimentos e Serviços Familiares, e agentes de Pastoral Familiar das dioceses de todo o Brasil. 

        No dia 19, haverá o 9º Seminário dos Assessores da Comissão Nacional da Pastoral Familiar. O encontro que antecede ao 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar é destinado aos casais e assessores eclesiásticos da Pastoral Familiar do Brasil, e terá como tema os Desafios e possibilidades da família no limiar do novo milênio “30 anos da Familiares Consortio”.

       As assessorias do 9º Seminário dos Assessores da Comissão Nacional da Pastoral Familiar ficarão a cargo do bispo diocesano de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, dom João Carlos Petrini; e de dom Joaquim Justino Carreira, membro da mesma Comissão.

A abertura oficial do Congresso Nacional da Pastoral Familiar será às 18h no Teatro Topázio, no Minascentro (Av. Augusto de Lima,785 – Centro) em  Belo Horizonte. Com o tema “Família Pessoa e Sociedade”, e o lema “Somos cidadãos e membros da família de Deus” o Congresso pretende ser um momento de formação, partilha e experiências, com o propósito de “alicerçar” o trabalho da Pastoral Familiar no Brasil.

 

Clique aqui e veja a programação do Evento

sábado, 13 de agosto de 2011

ORAÇÃO DO PAI

Untitled-2[1]Ajudai-me Senhor, na missão de pai, porque é difícil e pesado encargo de sustentar a família e dar-lhe o bem estar-estar e a tranqüilidade; e é quase heroísmo ser alegre com os familiares quando pesam as preocupações pessoais e os problemas.

Ajudai-me Senhor, na missão de pai, para que eu realize o diálogo com minha esposa e os filhos. Que eu seja aberto para ouvir, humilde para propor, sábio para decidir e co-responsável para realizar.

Ajudai-me Senhor, na missão de pai, para que eu saiba descobrir os valores de minha esposa e os talentos de meus filhos; e os ajude a desenvolvê-los. Saiba corrigir com amor, sem destruir nem humilhar.

Ajudai-me Senhor, na missão de pai, para que eu defenda a dignidade do meu lar contra a imoralidade atrevida e a permissividade tentadora, vivendo o amor com fidelidade e construindo a união que faz o lar feliz.

Ajudai-me Senhor, na missão de pai, para que eu possa ser sempre um testemunho de fé em Deus, coragem nas dificuldades, paciência nas provocações e esperança na dor. E que pelo apostolado familiar, ajude outras famílias a serem mais felizes.

Ajudai-me Senhor, na missão de pai, para que eu saiba dar valor à experiência sem me prender ao passado;;; saiba ser moderno e atualizado sem ser superficial e vazio; e conserve bem viva a vontade firme de acertar.

E finalmente ajudai-me, senhor, na missão de pai, para que eu creia firmemente que a grandeza da paternidade, assim vivida, não termina nem mesmo com a morte, porque seus frutos são eternos.

Parabéns, Papai!!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Pensar no sacerdote é pensar em alguém frágil

A consagração sacerdotal não elimina a sedução do pecado

           Não foi difícil para os discípulos, que estavam no meio do povo e que escutavam a cada momento os comentários sobre a Pessoa de Jesus, dar uma resposta: alguns afirmavam que Cristo era Jeremias; outros que era Elias; para outros Ele era Moisés; e para outros, algum dos profetas.

           Mas, lendo o Evangelho com maior atenção, podemos perceber que havia quem considerasse Jesus um bom “aproveitador da vida”, a ponto de ser definido como “comilão e beberrão”, e para outros, ainda uma autêntica encarnação do diabo – motivo pelo qual expulsava os demônios com a força do mesmo príncipe dos demônios, segundo eles. Quem sabe a mais clara manifestação do sofrimento de Jesus seja dada pela Sua mesma confissão: “Nenhum profeta é aceito na sua pátria, e vocês me podem dizer: médico, cura-te a ti mesmo”. A Pessoa de Jesus se coloca na nossa frente como modelo de todo o agir para qualquer um, mas especialmente para os sacerdotes.

          Pensar no sacerdote é pensar em alguém frágil, pecador, carregado de tantos defeitos e limitações, mas que, um dia, não só por sua decisão própria de querer seguir o Cristo, mas por vontade da mesma Igreja que discerniu a sua vocação por meio de tantos anos de caminhada, foi “consagrado sacerdote”. Quer dizer, foi chamado e considerado apto para ser no mundo uma presença viva de Jesus, um “outro Cristo” e recebeu como missão fazer de sua vida uma transparência de amor e revestir todos os seus atos de carinho, de perdão e de misericórdia em favor de todos os que necessitam de Jesus.

         Nenhum padre poderá esquecer o dia em que se prostrou diante do altar e foi, pelo ministério episcopal, ordenado sacerdote, quando publicamente assumiu continuar a memória de Jesus pela celebração do Mistério Eucarístico. A ele foi dada a mesma ordem que o Cristo deu naquela noite da Última Ceia: “Fazei isto em minha memória”.

         O sacerdote não se ordena a si mesmo, não chama a si mesmo, não escolhe a si mesmo, mas é chamado e escolhido. E toda escolha não é outra realidade senão um gesto de amor que não tem explicação humana, é um ato de amor que só o amor pode explicar.

          Ser sacerdote é ter a consciência de que um dia fomos chamados do meio do povo, consagrados e devolvidos ao serviço do povo. Agir na Pessoa de Cristo exige constante esforço de se despir de todos os pecados e limitações para que a beleza e a grandeza de Jesus possa resplandecer em toda a sua luz.

          Quem és tu, sacerdote? Alguém que, um dia, pela graça de Deus, foste chamado a seguir os passos de Jesus, foste seduzido pelo serviço apostólico, profético, percebeste que o anúncio do Evangelho era o teu único desejo, de servir o povo no desinteresse e na caridade era o teu sonho, que se colocar na escuta do grito de tantos irmãos esmagados, sofridos pela injustiça e pelo pecado era o teu único desejo, e por isso aceitaste com alegria ser “sacerdote”, deixando atrás de ti sonhos humanos, desejos.

          Não te apavore se nestes últimos tempos, por todos os lados, tentam deformar, denegrir, sujar a imagem do sacerdócio. Em tempo de crise devemos viver com maior intensidade os valores da vida sacerdotal. A consagração sacerdotal não elimina a sedução do pecado nem nos vacina contra as tentações que experimentamos no dia a dia.

          Nenhuma falta de um irmão poderá romper e destruir a beleza do sacerdócio. O coração de Jesus é tão grande que compreende todos os pecados e perdoa todas as faltas, é na misericórdia e no amor que se reconstroem as vidas. O ouro nunca deixará de se encontrar debaixo da terra, mas sempre ele terá o seu brilho.

 

Frei Patrício Sciadini

Frei Patrício é diretor do Centro Teresiano de Espiritualidade, na cidade de São Roque, e superior da mesma Comunidade.
É diretor das Edições Carmelitanas, pregador de retiros e cursos de espiritualidade.
Escreveu mais de 60 livros que foram publicados no Brasil e no exterior.

 

Vídeo homenagem a todos os sacerdotes:

 


 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Congresso Nacional da Pastoral Familiar Acontece em Belo Horizonte

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        O Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais) foi escolhido para sediar, entre os dias 19 a 21 de agosto, no Minascentro, em Belo Horizonte (MG), um dos maiores encontros promovidos pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar, órgão da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB: O 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar, com o tema “Família, Pessoa e Sociedade” e o lema “Somos cidadãos e membros da Família de Deus” (Cf.Ef 2,19).

        Em 1989, a capital mineira foi palco 1º Encontro Nacional de Movimentos e Institutos Familiares, embrião do que viria a ser o Congresso Nacional da Pastoral Familiar, que desde então, acontece em intervalos regulares, com o objetivo de fortalecer a família na sociedade.

       “O 13º Congresso Nacional da Pastoral Familiar pretende ser um momento de formação e partilha de experiências, com o propósito de alicerçar o trabalho da Pastoral Familiar nas dimensões que melhor explicitem o sentido de pertença à família, hoje”, destacam os organizadores do evento.

         Participam do congresso cerca de 1000 pessoas entre bispos; coordenadores regionais, diocesanos e assessores eclesiásticos da Pastoral Familiar; coordenadores nacionais dos Movimentos e Serviços Familiares, e agentes de Pastoral Familiar das dioceses de todo o Brasil.