terça-feira, 31 de maio de 2011

I Peregrinação Diocesana da Família

          Realizou-se no último dia 29 de maio a I PEREGRINAÇÃO DIOCESANA DA FAMÍLIA, em consonância com a 3ª PEREGRINAÇÃO NACIONAL DA FAMÍLIA,  realizada em Aparecida-SP, evento organizado pela CNBB e Pastoral Familiar Nacional.
         A exemplo da peregrinação nacional, a diocesana também teve a animação da Pastoral Familiar da Diocese de Juazeiro e contou com a presença de um grande número de fiéis, principalmente famílias que compareceram à concentração em frente à Igreja de São Cosme e Damião (Cosminho) de onde partiu a carreata com destino a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida no bairro João Paulo II onde às 10:00h, mesmo horário da Missa Solene, que era celebrada na Basilica de Aparecida-SP, o nosso Bispo D. José Geraldo celebrava a Missa da Família, que foi concelebrada pelos padres presentes. Estimamos que cerca de 300 pessoas estiveram presentes à Igreja de Nossa Senhora Aparecida, na oportunidade Dom José Geraldo já deixou o desafio para nós da Pastoral Familiar de realizarmos a II Peregrinação em 2012.

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Fonte: Blog da Pastoral Familiar – Diocese de Juazeiro-Ba

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Qual é a melhor escolha?

 A felicidade é feita de coisas pequenas

      Atualmente, vivemos em um mundo que nos oferece coisas demais, por isso, temos dificuldades para escolher acertadamente. Geralmente, as escolhas erradas trazem consequências irreversíveis, as quais nos tornam pessoas infelizes por toda a vida.

      Você já percebeu que, quando estamos diante de uma mesa farta de alimentos, temos dificuldade para escolher o que realmente queremos comer? Geralmente, colocamos em nosso prato mais do que quereríamos comer e muito mais do que precisamos para nos alimentar. Assim acontece em nossa vida. Diante de nós estão muitas opções, os nossos desejos falam mais alto, os nossos olhos brilham, o nosso coração estremece de emoção, o nosso corpo fica na tibieza, o sabor doce do pecado nos atrai e o resultado é uma escolha errada. Quantos problemas, em nosso caminho, poderiam ter sido evitados se tivéssemos feito a escolha da direção certa.

     Você quer ser feliz? Eu também quero, e Deus também quer que sejamos felizes, conforme diz em Sua Palavra: “Foi esta a única ordem que lhe dei: escutai minha voz: serei vosso Deus e vós sereis o meu povo; segui sempre a senda que vos indicar, a fim de que sejais felizes” (Jer 7, 23).

     Diante dessa Palavra, como seguir o caminho certo para fazer a melhor escolha? Existe um segredo para que sejamos felizes. Há pessoas que não encontram a felicidade porque não valorizam a simplicidade. Você pode ser feliz ficando em casa com a sua família, indo à igreja, convivendo com os irmãos de comunidade, visitando amigos, levando os filhos para um passeio, tomando sorvete, lendo a Bíblia ou um bom livro. Reconhecendo o valor da família, da comunidade, concretizando o amor com gestos, palavras e presença; cultivando amigos, pois com eles podemos enxugar as lágrimas, dividir as alegrias, partilhar a vida e ser o que somos. Quando descobrirmos que a felicidade é feita de coisas pequenas, será mais fácil ser feliz!

      Sejamos felizes ouvindo a voz do Senhor e obedecendo a Seus Mandamentos, que se resumem em amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. Todos nós devemos amar ao Altíssimo com todo o nosso ser, porque Ele nos amou primeiro. Quando nos apaixonamos por Ele tudo tem gosto e sentido em nossa vida. Encontremos a felicidade buscando ter momentos de intimidade com o Senhor todos os dias, em todas as situações de nossa vida. Mas não basta que amamemos unicamente a Deus, amar o próximo também é essencial para nós cristãos, desejar o bem do outro como o desejamos a nós mesmos.

      Precisamos descobrir o caminho certo para a felicidade, que certamente está ligado à nossa total dependência de Deus, pois somente Ele sabe o que é melhor para Seus amados filhos. Nós não sabemos porque somos imperfeitos no amor, mas o Senhor é perfeito no Amor. Se você quer ser feliz, escolha o que Deus escolheu para você.

O importante é colocar-se sempre a caminho, em um esforço constante e verdadeiro para fazer a melhor escolha.

Marina Adamo
marina@cancaonova.com

Benção de Deus

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            Há um Salmo na Bíblia que nos dá um dos mais preciosos ensinamentos para a nossa vida:
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem.
Se o Senhor não guardar a cidade, debalde vigiam as sentinelas” (Sl 126,1).
           Não é por acaso que o título desse salmo é “A fonte de todo bem”, isto é, a bênção de Deus.
Muitas vezes, nosso trabalho não produz o que esperamos e nossas obras não dão o fruto que planejamos, porque confiamos apenas em nós mesmos e nos esquecemos de pedir a Bênção Daquele que é o Senhor de tudo e de todos, e que “tem o mundo em Suas mãos”. Tantas vezes Deus permite que nossos projetos fracassem para que aprendamos que sem a Sua Bênção nada podemos fazer.
           É próprio daquele que é humilde pedir a Bênção de Deus para sua vida e atividades. Da mesma forma, é próprio daquele que é orgulhoso e auto-suficiente contar apenas consigo mesmo e esquecer-se da graça de Deus. Muitos, após inúmeros sofrimentos e insucessos, acabam, pela própria graça de Deus, encontrando a face do Senhor entre os acontecimentos da vida. Outros, lamentavelmente, persistem em não querer ver a Face daquele que tudo criou. Diz um autor anônimo que “Deus não fala, mas que tudo fala de Deus”. Basta olharmos a natureza e ouviremos Sua voz. “São insensatos por natureza todos os que desconheceram a Deus, e, através dos bens visíveis, não souberam conhecer Aquele que é, nem reconhecer o Artista, considerando suas obras” (Sb 13,1).
          Ser humilde é reconhecer que “toda dádiva boa e todo dom perfeito vem de cima: desce do Pai das luzes” (Tg 1,17a) e que, portanto, não temos motivo algum para orgulho, vaidade e auto-suficiência. Da mesma forma, ser humilde é não se desesperar com a própria fraqueza, miséria ou impotência, uma vez que se reconhece que toda a força vem da Bênção de Deus. O livro dos Provérbios ensina que “De resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes” (2 Pe 5,5; Pr 3,34). Ele não ouve a oração do soberbo e, conseqüentemente, não lhe dá a Sua Bênção. Por outro lado, Deus ama aquele que reconhece a própria fraqueza, e lhe dá a Sua graça.
          Somente quando reconhecemos nossa pequenez é que podemos experimentar em nós o poder de Deus. Foi o que o Senhor disse a São Paulo: “Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força” (2 Cor 12,9). Foi essa grande verdade, fruto da humildade, que levou o apóstolo a exclamar: “Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo” (II Cor 12,9b);
           Vivemos grande parte da vida preocupados com nossas responsabilidades como pais, como profissionais, etc. Quando nos sentimos abalados e amedrontados com nossas tarefas diárias, não será porque contamos apenas com nós mesmos, esquecendo-nos da Bênção de Deus? Nossos fardos são por demais pesados para que os carreguemos sozinhos. É preciso deixar que Deus os carregue para nós. De que forma? Confiando-Lhe nossas obras, entregando-Lhe nossas preocupações, confessando-Lhe nossa fraqueza e pedindo-Lhe Sua Bênção para tudo o que fizermos. Além disso, a melhor maneira de sermos copiosamente abençoados por Deus é fazendo a Sua santa vontade, realizando todas as coisas para Ele e por amor a Ele. É exatamente o que São Paulo ensinou quando disse: “Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens, certos de que recebereis, como recompensa, a herança das mãos do Senhor” (Cl 3,23-24). O mesmo Salmo 126 ensina que:
            Inútil levantar-vos antes da aurora, e retrasar até alta noite vosso descanso, para comer o pão de um duro trabalho, pois Deus o dá aos seus amados até durante o sono” (Sl 126,2).
           Quando estivermos cansados e oprimidos pelo peso das nossas atividades, é o momento de pararmos e perguntarmos a nós mesmos se não nos está faltando a Bênção de Deus. Se a resposta for sim, devemos olhar para o céu e dizer ao Senhor, do fundo do coração:
“Daí-me a Vossa Bênção! Não me oculteis a Vossa face, para que eu não pereça.”
“Apressai-vos em me atender, Senhor, pois estou a ponto de desfalecer” (Sl 142,7a).
Site do autor: www.cleofas.com.br

sábado, 28 de maio de 2011

Nossa Senhora e a Eucaristia

 

Como Maria, podemos cantar o 'Magnificat'

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O Papa João Paulo II escreveu o documento Ecclesia de Eucharistia falando da extrema ligação de Nossa Senhora com a Eucaristia. Há um nexo profundo entre Maria Santíssima e a Eucaristia; o próprio beato afirma que ela foi o primeiro sacrário do mundo, por essa razão, ela em tudo tem a ver com Jesus Eucarístico. A primeira coisa que o saudoso Pontífice nos recorda é que a Virgem Maria não estava presente no momento da instituição da Eucaristia, na Santa Ceia, pois não era o papel dela estar lá, mas, por intermédio de sua intercessão, realizou-se o milagre da transubstanciação pelo poder do Espírito Santo.

         O que faz um homem ser homem? É a beleza física? A cor dos seus cabelos? O formato de sua orelha? Nada disso. O que o faz ser homem é algo que não se vê, é a alma! É a essência de alguém que o faz ser quem é. Assim, quando vemos a hóstia branca, redonda, de diversos tamanhos, não fazemos conta da essência, da substância, e é isso que acontece no momento da transubstanciação, ou seja, a transformação da substância vinho e pão para Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

         Jesus se torna acessível às pessoas na comunhão. Todos podem receber a Eucaristia, independentemente de sua condição física ou psicológica. Deus quis que você recebesse o Corpo, a Alma e a Divindade de Cristo. É Jesus, que se esconde e se aniquila por meio da Eucaristia.

        Só há um caso em que o Senhor não está na hóstia: é quando o trigo ou o vinho se estragam, deixando de ser pão e vinho,não tem como ser Jesus. O Senhor não "está" no pão, Jesus é o Pão Consagrado. Quantas vezes, Ele entra na boca de um bêbado e até de alguém que não está preparado para recebê-Lo na comunhão.

         Quando compreendermos o amor de Jesus Cristo por nós, nosso desejo pela Eucaristia será maior. Hóstia significa “vítima oferecida em sacrifício”. Cristo deu o poder aos sacerdotes para consagrarem a substância do pão e do vinho em Corpo e Sangue d’Ele por inteiro, é a palavra de Cristo pelo sacerdote. O sacramental é aquilo que depende de nossa fé; mas o sacramento é diferente, pois, por exemplo, no sacramento do batismo a criança não precisa ter fé para acontecer a graça, pois é Deus quem opera.

         Todos nós conhecemos a passagem bíblica que narra as Bodas de Caná (cf. Jo 2,1-12). Naquele momento, o Senhor mudou tanto a aparência como a substância do líquido, diferentemente do que acontece durante a consagração, na celebração da Santa Missa. A essência do trigo é o próprio Corpo de Cristo; a essência do vinho é Seu próprio Sangue.

Assim como Jesus se fez presente no seio da Santíssima Virgem Maria durante a gestação, quando O recebemos na Hóstia Consagrada Ele está presente dentro em nós. Então, como Maria, podemos cantar o "Magnificat". Nosso Senhor Jesus Cristo se encarna no corpo de cada um de nós, nessa hora, também com o desígnio de nos salvar. Ele tem uma paixão enorme pela nossa essência, a nossa alma, por isso, tenta de todas as maneiras salvá-la. Diante disso, cabe a nós olharmos para Cristo, na Eucaristia, com a mesma adoração que Isabel recebeu Maria, quando grávida, ao visitá-la (cf. Lucas 1,39-56).

Assim como a Igreja e a Eucaristia não se separam; a Virgem Maria e a Eucaristia também não se separam. Quem entra na comunhão com Cristo, entra na escola de Maria, pois ela tem muito a nos ensinar!

Prof. Felipe Aquino –                                                                  Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Irmã Dulce, uma santa nordestina


Deixou-nos grandes lições de vida, como a humildade

         Quando se fala de santos, a tendência das pessoas é pensar naqueles que estão nos altares representados pelas imagens, ou que se encontram no céu, ou ainda num passado muito distante. De fato, inúmeros santos viveram há séculos ou há quase dois mil anos, porém, muitos outros viveram em nosso tempo. Antes de serem imagens sacras ou de chegarem ao céu, foram pessoas que viveram na terra em meio aos desafios e alegrias da vida cotidiana, como nós. Assim aconteceu com a baiana Irmã Dulce, que foi beatificada em Salvador, sua terra natal, no dia 22 de maio. Sua beatificação é relevante para todo o Brasil, porém, enaltece especialmente a Bahia e todo o nosso querido Nordeste. Sua figura e atuação vão muito além da Igreja Católica, sendo muito querida e admirada também por gente de outras denominações religiosas. Para a sua beatificação foi importante o reconhecimento de um milagre por intermédio de sua intercessão, a recuperação de uma mulher sergipana que havia sido desenganada por médicos após sofrer hemorragia durante o parto. Contudo, a sua beatificação é, acima de tudo, o reconhecimento de uma vida santa que serve de exemplo para todos nós.

           Falecida em 1992, já com fama de santidade, a Irmã Dulce, conhecida como o "Anjo bom da Bahia", chamava-se Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Ao tornar-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, passou a ser chamada Irmã Dulce. Quando enferma, teve a graça de ser visitada pelo beato Papa João Paulo II, em 1991.
    
           Ela nos deixou grandes lições de vida como a humildade, a caridade, o serviço, a solidariedade e a partilha, motivada pela fé em Cristo e animada por uma vida intensa de oração. Consagrou-se a Deus servindo aos que sofrem e testemunhando o valor da vida dos que não têm a própria dignidade e direitos reconhecidos. Dedicou-se, com admirável caridade, ao serviço dos pobres, dos desamparados e dos doentes, reconhecendo neles o rosto sofredor de Jesus Cristo. Confiando na Divina Providência e contando com a solidariedade das pessoas, fundou diversas obras sociais e estabelecimentos, dentre os quais se destaca o renomado Hospital Santo Antonio, em Salvador, em cuja capela encontra-se sepultada. Louvamos a Deus pela nova beata declarada pela Igreja, Irmã Dulce, assim como, por tantas mulheres e homens que se dedicam generosamente ao serviço da caridade em nossas famílias, hospitais, casas de acolhida e comunidades. "Beato", isto é, "feliz" quem vive o mandamento do amor que Jesus nos deixou, como fez Irmã Dulce.
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Teresina-PI

terça-feira, 24 de maio de 2011

Familia: Vocação


Ser casal é demonstrar todo o fascínio e também toda dificuldade, ligados à realidade da soma que o casal resulta: um + um = a três. Ou seja, ao mesmo tempo, na sua dinâmica, duas individualidades e uma conjugalidade. Como ser um sendo dois? Como ser dois sendo um?
            Seja pela velocidade das informações, do avanço da tecnologia e da pressão advinda da modernização, algo é invariável: pessoas sempre serão pessoas, com suas individualidades e características próprias. Neste cenário, algo que se torna latente é a capacidade com que desejamos que nossas relações sejam "fast", "rápidas". E nessa corrida, pouco paramos para pensar, muito menos para avaliar o outro num relacionamento. Já reparou como é muito mais fácil desistir da pessoa e partir para outra do que parar, refletir, conversar, buscar uma nova forma de ser? É é isso mesmo… Parece que vamos "trocando de casal" assim como trocamos de carro ou computador. Mas, onde ficam os valores pertencentes à família?

 O grande erro é pensar que um relacionamento sobrevive de paixão, e isso é uma ilusão.
Existem casamentos que ocorrem rapidamente, como no tal "amor à primeira vista". Particularmente, ainda sou favorável a um processo de conhecer, aproximar-se, vivenciar as famílias um do outro. Conhecer o outro é conhecer também sua história: a educação recebida, a trajetória espiritual e humana, alguns eventos ou situações que possam condicionar seu futuro, experiências positivas e negativas que sejam contribuintes ou não no processo de formação (afinal de contas, eu não caso apenas com a pessoa, mas viverei também a influência familiar advinda com ela).
Lembre-se do quanto é valioso pensar naquilo que aceitamos com relação às diferenças um do outro. Alguns casais vivem diferenças nas crenças, mas conseguem administrá-las de forma muito tranquila. Outros, por sua vez, nem conseguem se imaginar casando numa religião diferente da sua. Mas e as divergências? Claro que elas sempre existirão em nossas vidas, mas o diferencial é a forma como as trataremos. Muitos casais encontram alegria quando tudo vai bem financeiramente; mas, na primeira dificuldade, iniciam-se os problemas, ou seja, de nada adiantou. Devemos ter clareza de que as pessoas não mudam com facilidade; quanto mais idade nós temos, tanto mais fixados interiormente estarão nossos conteúdos pessoais, nossas crenças, e com isso, mais dificuldade teremos para deixar um vício, fazer algo diferente, ver as coisas de outra forma.

        Vivenciar um casamento dos pais que tenha sido conturbado não quer dizer que viveremos assim nossa vida pessoal de casados; muitas vezes, temos este padrão errado de pensar ou negamos a possibilidade do casamento motivados por essa questão. O mais importante nestes casos é discernir que eu não sou meu pai nem minha mãe e que posso construir uma história diferente daquela construída por eles.

         Namorar, o início e a base de tudo: a fase do namoro é um dos passos mais importantes para a continuidade ou não de um relacionamento. É claro que não afirmo aqui com isso que namorar é garantia de um casamento eterno, mas, certamente, o processo de conhecimento do casal. Os tempos de cada fase de conhecimento existem. Portanto, tudo aquilo que é relâmpago pode apenas prejudicar as pessoas.

        Quero dizer que casamento é vocação, dedicação mútua, é um ato de amor e tudo aquilo que a palavra "amor" engloba. Portanto, perceba se você que deseja se casar está aberto a todas as faces que o casamento requer de uma pessoa. Assim como uma vocação profissional, a vocação pelo estado de vida, seja ele o matrimônio, o celibato, a vida religiosa em suas várias dimensões, deve ser pautada nos valores que aquele modelo de vida possui e não apenas nos ideais ou sonhos que eu plantei em minha forma de ver o mundo. A partir da realidade com o cenário das aspirações pessoais de cada um é possível aproximar-se de uma forma mais realista do rumo que desejo para minha vida.
Que na busca pela vocação do ser família possamos vivenciar a família que promove a saúde e o crescimento emocional saudável dos seus membros, que possamos viver alegrias e dificuldades com sabedoria e maturidade favorecendo uma sociedade também mais saudável.


   ElaineRibeiro

psicologia01@cancaonova.com

terça-feira, 17 de maio de 2011

NOTA DA CNBB A RESPEITO DA DECISÃO DO STF QUANTO À UNIÃO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO


            Nós, Bispos do Brasil em Assembleia Geral, nos dias 4 a 13 de maio, reunidos na casa da nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar e esclarecer a respeito da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Saudamos todas as famílias do nosso País e as encorajamos a viver fiel e alegremente a sua missão. Tão grande é a importância da família, que toda a sociedade tem nela a sua base vital. Por isso é possível fazer do mundo uma grande família.
             A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural. As Sagradas Escrituras, por sua vez, revelam que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os destinou a ser uma só carne (cf. Gn 1,27; 2,24). Assim, a família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvimento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas.
            As pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração. Repudiamos todo tipo de discriminação e violência que fere sua dignidade de pessoa humana (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2357-2358).
          As uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo recebem agora em nosso País reconhecimento do Estado. Tais uniões não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos. Equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma. É um fato real que a família é um recurso humano e social incomparável, além de ser também uma grande benfeitora da humanidade. Ela favorece a integração de todas as gerações, dá amparo aos doentes e idosos, socorre os desempregados e pessoas portadoras de deficiência. Portanto têm o direito de ser valorizada e protegida pelo Estado.
        É atribuição do Congresso Nacional propor e votar leis, cabendo ao governo garanti-las. Preocupa-nos ver os poderes constituídos ultrapassarem os limites de sua competência, como aconteceu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Não é a primeira vez que no Brasil acontecem conflitos dessa natureza que comprometem a ética na política.
          A instituição familiar corresponde ao desígnio de Deus e é tão fundamental para a pessoa que o Senhor elevou o Matrimônio à dignidade de Sacramento. Assim, motivados pelo Documento de Aparecida, propomo-nos a renovar o nosso empenho por uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa.
Jesus Cristo Ressuscitado, fonte de Vida e Senhor da história, que nasceu, cresceu e viveu na Sagrada Família de Nazaré, pela intercessão da Virgem Maria e de São José, seu esposo, ilumine o povo brasileiro e seus governantes no compromisso pela promoção e defesa da família.
Aparecida (SP), 11 de maio de 2011.
 

domingo, 15 de maio de 2011

Nome de Mulher que recebeu milagre de Irmã Dulce é revelado


                A identidade da mulher que teria recebido o milagre analisado e validado pelo Vaticano, enquanto peça fundamental do processo de beatificação de Irmã Dulce, foi divulgada na manhã desta sexta-feira, 13, durante uma coletiva de imprensa, na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Salvador (BA).

Cláudia Cristiane Santos de Araújo, de 42 anos, mora na cidade de Malhador, no interior de Sergipe, e trabalha na prefeitura do município. Casada com o motorista de caminhão, Francisco Assis de Araújo, recebeu a graça no dia 10 de janeiro de 2001, enquanto apresentava um quadro de forte hemorragia não controlável ao dar à luz Gabriel, o segundo filho do casal.

          A perda de sangue começou ainda no trabalho de parto e, num período de 18 horas, a parturiente passou por três cirurgias sem que o sangramento cessasse. Contudo, sem nenhuma intervenção médica, a hemorragia parou subitamente e a paciente se recuperou de forma inexplicável, do ponto de vista médico.  Conforme relatos da época, o fim do sangramento ocorreu no mesmo instante em que um grupo de oração pedia a intercessão de Irmã Dulce em favor de Cláudia.

        Na entrevista coletiva, o cirurgião e perito médico Sandro Cal Barral afirmou que a mulher foi examinada por mais de 10 médicos no Brasil e por seis especialistas na Itália e ninguém teve explicação científica para a recuperação da paciente.

             Participaram da coletiva, o padre José Almi de Menezes, que comandou a corrente de oração pela cura da paciente; a diretora da Maternidade São José, local onde ocorreu o milagre, Irmã Augustinha Ferreira Santos; e o perito médico, Sandro Cal Barral.

A caminho da santidade

             As gestões oficiais para a instalação do processo de beatificação e canonização de Irmã Dulce foram iniciadas em 1999, com a concessão do 'Nihil Obstat', documento que a Santa Sé disponibiliza decretando não existir impedimento para a introdução da causa.

           Em 2000, foi realizada a abertura do Processo Canônico sobre a sua vida, virtudes e fama de santidade. A graça obtida pela intercessão de Irmã Dulce, em 2003, foi examinada primeiramente no Brasil e reconhecida pelos peritos médicos como um caso que não pôde ser explicado pelos meios da ciência. Os peritos e os cardeais da Congregação para as Causas dos Santos foram unânimes no reconhecimento deste milagre, constando que se tratava de um caso extraordinário de cura.

                      Em abril de 2009, foram reconhecidas suas virtudes heroicas e ela foi declarada Venerável pelo Vaticano. Em junho de 2010, seu corpo foi exumado e transferido junto às suas relíquias, últimos atos antes da beatificação – que acontece no próximo dia 22, em Salvador (BA).

Novena de Irmã Dulce

Já está disponível para download a novena de Irmã Dulce. O material é composto de nove encontros de oração que apresentam a vida da religiosa como exemplo para quem busca um encontro íntimo com Deus. Segundo a Arquidiocese de Salvador (BA), a novena deve ter seu início sempre no dia 13, terminando no 21 de cada mês.

sábado, 14 de maio de 2011

Peregrinação Diocesana da Familia


           Acontece dias 28 e 29 de Maio a III Peregrinação Nacional da Familia, em Aparecida-SP. A Diocese de Juazeiro e a Pastoral Familiar Diocesana, em sintonia com esse evento, irá organizar "A peregrinação Diocesana da Familia," onde está sendo organizada uma carreata que sairá da Igreja São Cosme e Damião em direção a Igreja Nossa Senhora Aparecida, que fica localizada no Bairro João Paulo II, em Juazeiro, onde às 10:00hs acontece celebração da Santa Missa, que será celebrada por nosso Bispo Dom José Geraldo.
          
          A concentração acontecerá apartir das 8:30hs do dia 29 (Domingo), em frente a Igreja São Cosme e Damião (Cosminho).
          
          Diante do exposto, temos a satisfação de convidar-vos a juntarem-se a nós neste evento tão importante para o resgate da evangelização junto às famílias de nossa cidade.
Solicitamos que seja feita uma divulgação e motivação junto às pessoas de seu movimento e ou pastoral, inclusive suas famílias, com o oferecimento de carona solidária.Temos também um ônibus saindo de Cosminho.
Participem. A presença de vocês é dom de Deus!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Nossa Senhora de Fátima

       A 13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima.

Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos.
    Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma 'Senhora mais brilhante que o sol', de cujas mãos pendia um terço branco.
         A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.
Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a 'Senhora do Rosário' e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.
       Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917, na parte já revelada do chamado 'Segredo de Fátima'.
       Anos mais tarde, a Ir. Lúcia conta ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, tinha aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência.
Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia-a-dia, num montante anual de quatro milhões.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Cardeal Raymundo Damasceno é o novo presidente da CNBB

O arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis foi eleito o novo presidente da CNBB. Com 196 votos, dom Damasceno foi eleito no segundo escrutínio. O cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer ficou em segundo lugar, com 75 votos.
No primeiro escrutínio, dom Damasceno havia obtido 161 votos contra 91 de dom Odilo. Por não ter alcançado 2/3 dos votos (182), houve a necessidade do segundo escrutínio. Dom Damasceno foi secretário da CNBB por dois mandatos consecutivos (1995-1998; 1999-2003).
Na primeira votação, também receberam votos o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta (14); o arcebispo de São Luís (MA), dom José Belisário da Silva; o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom walmor Oliveira de Azevedo; o bispo de Jundiaí (SP), dom Vicente Costa; o bispo da prelazia de São Felix (MT), dom Leonardo Steiner e o bispo de Cruz Alta (RS), dom Friederich Heimler, com um voto cada.
No segundo escrutínio, receberam votos o arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta (4) e o bispo de Santo André, dom Nelson Westrupp (1).
Amanhã as eleições continuam para vice-presidente e secretário. Eleitos os membros da Presidência, a Assembleia escolherá os 12 presidentes das Comissões Pastorais e o delegado da CNBB junto ao Conselho Episcopal da América Latina e Caribe (Celam)

Currículo de Dom Raymundo Damasceno Assis
Cardeal dom Raymundo Damasceno Assis é arcebispo de Aparecida (SP). Nasceu em 1937 na cidade mineira de Capela Nova (MG). Teve sua ordenação presbiteral em 1968, em Conselheiro Lafaiete (MG) e ordenação episcopal em 1986, em Brasília (DF).
Dom Raymundo estudou Filosofia no Seminário Maior de Mariana (MG) e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (Itália). Dom Raymundo Damasceno foi, antes do episcopado, professor no Seminário Maior e na Universidade de Brasília (UnB) de 1976 a 1986.
Foi bispo auxiliar de Brasília, vigário geral e vigário episcopal na arquidiocese de Brasília, professor do departamento de Filosofia da UnB, Secretário Geral do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), secretário geral da IV Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, em Santo Domingo, Secretário Geral da CNBB por dois mandatos, Delegado ao Sínodo Especial para a África, Sínodo sobre a vida religiosa, como convidado, Delegado à Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a América por eleição da Assembleia da CNBB e confirmado pelo papa João Paulo II, membro do Pontifício Conselho para as Comunicações, membro do Departamento de Comunicação do CELAM, membro da Comissão para a Comunicação, Educação e Cultura da CNBB, Delegado do CELAM, Presidente do CELAM, membro da Pontifícia Comissão para a América Latina – CAL e sínodo para a África (2009).
Seu lema episcopal é: "In Gaudium domini" (Na Alegria do Senhor)
Fonte: CNBB

sábado, 7 de maio de 2011

Ser Mãe: Missão para a vida!

Os desafios de uma sociedade que passa por mudanças é uma das maiores preocupações trazidas pelas mulheres ao buscarem a maternidade. Inseguranças, desejos, expectativas sobre os filhos, futuro: uma imensidão de pensamentos invade o imaginário das futuras mamães ou daquelas que fazem esse plano. Mas, vamos pensar juntos: será que existe um “modelo ideal de mãe”?

A missão de mãe da mulher inicia-se no momento da concepção, a partir disso, todos os ideais vão sendo construídos. Não existe a mãe ideal, mas sim a mãe possível e disponível; isso, sim, é importante! Muitas vezes, constrói-se o ideal da "mãe perfeita", da "mãe que não erra".

Mas o que seria positivo para a criação de um filho? Ter o equilíbrio para cuidar dele, para protegê-lo, para educá-lo, para apoiá-lo, para prover-lhe as necessidades físicas e materiais, mas, especialmente, para prover as necessidades de afeto. Dar o consolo necessário, estar disponível e disposta a olhar, a conversar, ser empática, ou seja, a entender ou a colocar-se no lugar dos filhos e do seu momento de vida são algumas das formas de construir a missão de ser mãe.

É claro que a vida não é estática nem oferece condições que fazem com que tudo esteja bem o tempo todo: para isso, é necessário que saibamos nos observar para não transferirmos as experiências negativas vividas em nossa formação para a formação de nosso filho. Como diz o título de um livro, é importante que cada mãe possa “falar para seu filho ouvir e ouvir para seu filho falar (do livro: Falar para seu filho ouvir e ouvir para seu filho falar de Adele Faber e Elaine Mazlish). Recusar os sinais que ele dá, não olhar nos olhos dele, desconfiar dele, não dar peso às coisas que ele fala, não o ajuda em nada. É importante que saibamos ensinar, mas que também saibamos confiar e dar autonomia e possibilidade para que nosso filho amadureça com pessoa.

Estar bem emocionalmente faz que que possamos contribuir para o crescimento e o desenvolvimento saudável de nossos filhos do ponto de vista psicológico. Faço aqui uma observação especial para as mães: cuide dos outros, mas também cuide de si. Viver em harmonia com sua dimensão espiritual, afetiva, social, biológica, é essencial para que você possa cuidar bem dos outros e consiga lidar com as alegrias, tristezas, conquistas e dificuldades próprias da vida. Lembre-se de que, em primeiro lugar, você é mulher, e com isso, toda a beleza do ser mulher virá com esses cuidados, que depois se farão extensão ao cuidado com o outro, com seu marido, com os filhos.

Mães aprendem a todo momento: desde o choro do bebê que identifica fome ou dor, aprendem também a ligação íntima e profunda que têm com seus filhos. Aprendem pela experiência do ser mãe e, sendo mães, reformulam, superam e vivem positivamente conflitos passados em sua vida. Há uma ligação tão profunda e poderosa existente entre mães e filhos que esta sobrevive para sempre em algum lugar muito além das palavras e é algo de uma beleza indescritível.

Você, mãe, trocaria essa beleza e o poder dessa ligação materna por alguma coisa?

Ser mãe é ser a todo tempo, a toda hora, sem limites. Os limites de uma mãe sempre serão testados, colocados à prova, mas o dom, o amor e a missão farão sempre com que esta supere tudo aquilo que seja lhe dado como prova, bem como a fará experimentar todas as alegrias que esta missão lhe concede!

Muito obrigada a você, mãe, por este e por todos os dias de sua missão!

Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O Segredo do Casamento

Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.

Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.

Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.

O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.

Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?

Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo? Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensando fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.

Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

Autor: Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)

Editora Abril, Revista Veja, edição 1922, ano 38, nº 37, 14 de setembro de 2005, página 24

Dez Mandamentos para Pais com Filhos na Catequese

1.Não somos uma ilha. Assim como precisamos da família e da sociedade, para fazer nascer e crescer o nosso filho, mesmo que a primeira responsabilidade seja sempre nossa, também precisamos da Igreja, para que o nosso filho, renascido pelo Batismo, cresça conosco na fé.

2.Não nos bastamos a nós próprios na educação da fé, mesmo que sejamos os primeiros catequistas dos nossos filhos. Os catequistas da nossa paróquia estão à nossa disposição, não para ser nossos substitutos, mas para se tornarem nossos colaboradores na educação da fé. O seu trabalho, feito em comunhão com a Igreja, será sempre em vão, sem o nosso empenho e colaboração!

3.Não faltaremos à Catequese. A Catequese não é um «ensino» avulso e desorganizado. É uma educação da fé, feita de modo ordenado e sistemático, de acordo com o programa definido pelos Catecismos. As faltas à Catequese quebram a sequência normal da descoberta e do caminho da fé. Velaremos pela assiduidade dos nossos filhos. E pelo seu acompanhamento, num estreito diálogo com o pároco e os catequistas.

4.Não esperamos da Catequese que faça bons alunos. Antes, pretendemos que ela nos ajude a formar discípulos de Jesus, que O seguem, em comunidade. Não desprezaremos a comunidade dos seus discípulos, a Igreja, nos seus projectos, obras e iniciativas.

5.Não queremos, apesar de tudo, que a Catequese seja o nosso primeiro compromisso cristão. Participar na Eucaristia Dominical é um bem de primeira necessidade. Saberemos organizar a agenda do fim-de-semana, pondo a Eucaristia, em primeiro lugar. Custe o que custar!

6.Não queremos que a Catequese substitua as aulas de Educação Moral e Religiosa Católica nem o contrário. Porque a Catequese, não é uma «aula», em ambiente escolar, dirigida sobretudo à inteligência, e destinada a articular a relação entre a fé e a cultura. A Catequese é sobretudo um «encontro», no ambiente da comunidade, que se dirige à conversão da pessoa inteira, à sua mente, ao seu coração, à sua vida. A disciplina de EMRC e a Catequese não se excluem mas implicam-se mutuamente.

7.Não estaremos preocupados por que os nossos filhos «saibam muitas coisa». Mas alegrar-nos-emos sempre, ao verificarmos que eles saboreiam a alegria de serem cristãos, e vão descobrindo, com outros cristãos, a Pessoa e o Mistério de Jesus, o Amigo por excelência, o Homem Novo, o Deus vivo e o Senhor das suas vidas!

8.Não exigiremos dos nossos filhos, o que não somos capazes de dar. Por isso, procuraremos receber nós próprios formação e catequese, para estarmos mais esclarecidos e mais bem preparados. Procuraremos estar onde eles estão. Rezar e celebrar com eles, de modo a que a nossa fé seja vivida em comum na pequena Igreja que é a família e se exprima na grande família que é a Igreja.

9.Não exigiremos dos nossos filhos o que não somos capazes de fazer. Procuraremos pensar e viver de acordo com os valores do Evangelho. Sabemos bem que o testemunho é a primeira forma de evangelização. Deste modo, eles aceitarão melhor a proposta dos nossos ideais e valores.

10.Jamais cederemos à tentação de «mandar» os filhos à Catequese, para nos vermos livres deles ou para fugirmos às nossas responsabilidades.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Oração do Casal

Um cônjuge está sempre erguendo o outro no momento de uma possível

Homem e mulher, que deixam pai e mãe, partem rumo ao belíssimo desafio da vivência da unidade, contando com a graça de estado do matrimônio. "Aquilo que Deus uniu, não o separe o homem" (Mc 10,9).

Só Deus é uno, só a Ele pertence o caráter de ser único, portanto, somente Ele pode transmitir a unidade aos que O buscam e n'Ele crêem... "Que todos sejam um; como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles estejam em nós" (Jo 17,22).

O matrimônio é um sacramento celebrado pelos cônjuges e abençoado pela Igreja, na pessoa do sacerdote. Porém, é essencial que ambas as partes, homem e mulher, tomem consciência de que, desde a bênção nupcial, a unidade entre eles se faz perfeita.

Percebe-se então, com clareza, que esse sacramento não é uma sociedade humana. Tampouco o é um simples reconhecimento, por parte da Igreja, de um casal que já vivia junto e passa a viver sob a bênção de Deus. Desde o princípio, o homem e a mulher foram criados para serem unidos e viverem o mistério da unidade em Deus. Unidade semelhante àquela vivenciada pela Santíssima Trindade. É a experiência mística de aprender a amar ao seu "próximo mais próximo", como a si mesmo.

Nesse relacionamento, no qual Deus gera a unidade, existe continuamente uma batalha espiritual a dois. Um cônjuge está sempre erguendo o outro no momento de uma possível queda, pois o Senhor nunca permite que ambos caiam ao mesmo tempo. Os cônjuges vêem a imagem de Jesus Cristo nas suas faces e, assim, aprendem a amar-se. No entanto, se existe uma batalha espiritual no relacionamento matrimonial, se o inimigo de Deus tenta de todas as maneiras destruir os casamentos, faz-se necessário que os esposos estejam sempre muito bem armados para se defenderem.

No mundo hodierno, dificilmente os cônjuges têm consciência do que é o matrimônio. Normalmente, quando surge uma situação mais difícil ou mesmo uma pequena discordância de idéias, ambos reagem humanamente, e, tantas vezes, assumem posturas precipitadas, ignorando as armas que Deus põe em suas mãos, por conta do sacramento do matrimônio.

Os casais têm a missão de fazer seu matrimônio cada vez mais santo. Para que esse objetivo seja atingido, faz-se necessário uma labuta incansável, como na lapidação de uma pedra bruta, do diamante, para que ele, transformando-se em "brilhante", reflita Jesus Cristo para todos os que o cercam e d'Ele têm sede.

A vida espiritual é dinâmica. O Espírito Santo é a "espada santa" de todo casal. Quantas palavras incompreendidas e duras podem ser trocadas entre os esposos que ainda não sabem que sua união é sinal vivo e eficaz de Jesus! Portanto, um casal precisa orar junto, tendo em vista o carisma de sua unidade. Homem e mulher, tornados um pelo sacramento do matrimônio, necessitam rezar unidos. Essa oração não pode ser apenas pessoal, ela precisa acontecer com o casal. A perfeita unidade da alma e do corpo cultiva-se pela oração.

Quantas vezes os casais propagam sua unidade intelectual e física, mas não experimentaram ainda a união de suas almas! Uma harmonia perfeita no casamento deve ser fundada e alicerçada em Jesus.

O casal que, reconhecendo sua pequenez como pecadores, mas sua grandeza por sua filiação divina, colocar-se totalmente carente e despojado diante da única e verdadeira fonte de amor e sabedoria e lá derramar suas almas, viverá plenamente as graças de sua unidade. "Quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles" (Mt 18,20).

A oração do casal o leva a perceber que seu matrimônio não se situa mais no plano humano. Esse modo de orar aprofunda pois a unidade do casal no mistério da unidade divina. Se a oração do casal é algo tão maravilhoso, frutuoso e que tanto agrada ao coração de Deus, por que não acontece sempre? Muitas vezes, sob a desculpa de sono ou cansaço, os cônjuges são confundidos pelo inimigo de Deus e as justificativas, parecendo legítimas, adiam ou impedem que a graça se derrame mais e mais sobre eles.

Um casal unido em Jesus terá uma família fundada na Rocha. Satanás tenta impedir essa harmonia. Ao casal cabe enfrentar essa batalha com a espada santa do Espírito e prostrar-se diariamente aos pés da cruz do seu Redentor, para clamar por sabedoria e unidade, gemer pela graça de poder perdoar-se mutuamente e, acima de tudo, de se amar de modo verdadeiro.

Os esposos que oram juntos, que recebem a Eucaristia em conjunto, fazem frutificar seus talentos e nutrem-se espiritualmente. Não mais caminharão tendo o mundo e seus valores como modelo, mas sim, Cristo, e, com destemor, enfrentarão todas as batalhas e desafios advindos do fato de viverem no mundo, sem a ele pertencerem.

Maria Adília Ramos de Castro

Comunidade Shalom